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Herbicidas pré-emergentes permitem postergar o uso de herbicidas pós-emergentes no inicio do desenvolvimento da cultura da soja
Mateus Pretto, Leonardo Frosi, Rubens Antonio Polito, Rafaela Cinelli, Tamara Heck, Júlia Loss Ribas, Alisson Matias Hahn, Felipe Bagnara, Rafael Dysarz, Ana Paula Hahn, Nayara Okumoto, Leandro Galon, Michelangelo Muzell Trezzi, Anderson Luis Nunes

Última alteração: 04-10-2019

Resumo


O uso de herbicidas residuais em conjunto com herbicidas dessecantes, tem se tornado uma importante arma para o controle de espécies resistentes, porém, não se tem total conhecimento dos benefícios e malefícios desse resultado. A realização de um estudo sobre a correta utilização dos herbicidas possui importância, visando diminuir os impactos ambientais e os custos de produção para os agricultores. Este trabalho busca avaliar a capacidade de associações de herbicidas residuais no controle de plantas daninhas na cultura da soja, conduzida no sistema de semeadura direta, aplicados em pré e pós-semeadura no momento da dessecação. O experimento foi realizado na área experimental do IFRS - Campus Sertão/RS, na safra 2018/2019. O delineamento utilizado foi blocos casualizados com arranjo em parcelas sub-divididas, onde na parcela principal foi alocado dois momentos de aplicação em relação à semeadura (pré ou pós-semeadura) e na sub-parcela foram dispostos os tratamentos com 8 combinações de herbicidas residuais pré-emergentes além das testemunhas. O delineamento possuía 4 repetições, totalizando 80 parcelas de 2x4 m (8 m2). Para a semeadura foi utilizado a cultivar NS 5959 IPRO, um trator com semeadora plantio direto a rasto. A aplicação dos herbicidas foi feita com um pulverizador costal pressurizado com CO2, tendo pressão constante e volume de calda de 180 L ha-1. Foi avaliado a eficácia no controle de plantas daninhas, o efeito sobre a cultura e rendimento de grãos. Realizaram-se três contagens de plantas daninhas, aos 15, 30 e 45 dias após a aplicação dos tratamentos (DAA). Análises estatísticas feitas pelo programa Assistat 7.7 beta, aplicando o teste de Tukey ao nível de 5 % de probabilidade do erro experimental. Nas três contagens após a aplicação dos tratamentos, os herbicidas aplicados em pré-semeadura obtiveram melhor desempenho comparado a pós-semeadura, sendo que aos 30 e 45 DAA, os melhores tratamentos foram em pré-semeadura com herbicidas pré-emergentes. Vale a ressalva que na avaliação aos 30 DAA houve ocorrência de um aumento no número de plantas daninhas, evidenciando a diminuição do efeito residual dos herbicidas. Ao final deste trabalho concluímos que a associação de herbicidas residuais ao herbicida dessecante possui grande importância no manejo de plantas daninhas no início do desenvolvimento da cultura da soja, permitindo retardar as aplicações de herbicidas pós emergentes, reduzindo gastos e impactos ambientais.


Palavras-chave


Glyphosate; Dessecação; Glycine max;

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