A inclusão social por pessoas com deficiência no seu processo histórico foi marcada por um eixo ideológico excludente e um árduo processo de desaprovação e desvalorização sobre suas capacidades, dificultando a integralização. Com essa base histórica sobre inclusão, acreditamos que o ambiente escolar pode ser o objeto de transformação dessa realidade para pessoas que carecem desse olhar, ampliando nossas perspectivas, mesmo que não seja um trabalho fácil e rápido. Desta forma, o projeto ações educativas sobre a educação especial na perspectiva da inclusão social no município de Sertão/RS apresentado pelo NAPNE - Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Educacionais Específicas, propõe construir junto com o público alvo ações educativas no intuito de ressignificar ideias, conceitos sobre educação especial. Assim, busca-se interagir e produzir conhecimentos trazendo informações, compartilhando ideias e socializando com a comunidade escolar (professores, alunos). Para isso, inicialmente o grupo identifica os assuntos de interesse das escolas e que são necessários abordar, posteriormente pesquisam, estudam e discutem a melhor abordagem, levando em consideração uma adequação: faixa etária do público, conhecimento sobre o assunto, suas realidades, para então, construir materiais, dinâmicas e o roteiro das atividades. Essas tarefas são através de encontros nas escolas envolvidas, realizando oficinas, rodas de conversas, murais, exposições, onde são abordadas as diferentes necessidades educacionais (física, visual, auditiva, intelectual, múltipla, entre outras) através de conteúdos expositivos, materiais lúdicos, dinâmicas com enfoque a determinada especificidade, apresentando dicas, sugestões de leituras, vídeos, filmes e levando exemplos de como podemos auxiliar na inclusão e qual o nosso papel, a fim de sensibilizar o público, principalmente para trabalhar a alteridade, ou seja, a capacidade de se colocar no lugar do outro, e mostrar a importância de todas as pessoas poderem acessar todos os espaços, para que de fato possamos avançar não só na inclusão, mas na permanência e êxito. Na abertura dos encontros falamos dos objetivos do projeto, de sua importância, e assim iniciamos, conversamos com os estudantes sobre seus conhecimentos e dúvidas durante o encontro, no final de cada atividade realizamos um fechamento da atividade, explorando o que foi aprendido, e construindo murais, cartazes que ficam na sala para que eles possam visualizar e recordar do encontro em outros momentos, ou até mesmo uma dinâmica direcionado a determinada necessidade específica.

Palavras chaves: educação especial; inclusão; transformação.