A produção de lixo eletrônico deverá alcançar 120 milhões de toneladas ao ano em 2050, de acordo com relatório da Plataforma para Aceleração da Economia Circular (PACE) e da Coalizão das Nações Unidas sobre Lixo Eletrônico. Segundo o relatório, menos de 20% deste tipo de resíduo é formalmente reciclado, com os 80% restantes indo para aterros ou sendo informalmente reciclados, em grande parte manualmente, em países em desenvolvimento, expondo trabalhadores a substâncias perigosas e cancerígenas como mercúrio, chumbo e cádmio. Sendo assim, o objetivo do projeto é conscientizar a comunidade sobre o problema e, orientar para o adequado descarte. Dentre as ações do projeto consta o E-Museu, os mutirões, as exposições e a pesquisa realizada em 2018. Nos mutirões, realizados anualmente, em parceria com a Prefeitura, tem-se pontos de coletas no Campus e nas escolas. São arrecadados materiais obsoletos ou sem uso, que são encaminhados à empresa Recycle (parceira do projeto), que se responsabiliza pela adequada destinação ambiental. Neste ano, arrecadou-se 5.463 quilos de e-lixo. Também são feitas doações de equipamentos que ainda funcionam, para pessoas que querem ou não tem condições de comprar. Além disso, os equipamentos que tiveram um papel relevantes na história são separados para compor o E-Museu, que é itinerante e foi criado em 2016.  O acervo tem cerca de cem itens, proporcionando aos visitantes uma experiência e conhecimentos novos, inclusive para possuidores de deficiência visual e síndrome de Down. Os itens são catalogados através de uma ficha, contendo: preço, origem, data de fabricação, entre outros. Os visitantes do E-Museu registram presenças em um livro e mostram muito interesse, principalmente quando encontram equipamentos que nunca tiveram oportunidade de conhecer. Em 2018, foi realizada uma pesquisa com objetivo de identificar o conhecimento da população de Sertão (cidade e interior) sobre e-lixo, bem como seus hábitos de consumo e descarte. Constatou-se que grande parte da população tem consciência dos problemas que o lixo eletrônico pode acarretar, no entanto uma pequena parcela ainda pensa que ele pode se decompor ou não prejudicar a natureza.  Embora demonstrem conhecimento sobre as formas de descarte, ainda é preciso investir em ações relacionadas a esse item. A partir de dados levantados no projeto, percebe-se que a comunidade está tornando-se mais consciente e preocupada com o meio ambiente. A participação da comunidade tem sido bastante efetiva, alçando um público de aproximadamente 4.000 pessoas, entre 2014/2019, em todas as ações.