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Conversa na rede: uma experiência
Nathália Carine Dahse, Gesiéli Romani, Vanessa Carla Neckel, Sônia Gotler

Última alteração: 11-10-2019

Resumo


Esta atividade surgiu espontaneamente a partir do desejo da Assistente Social Vanessa Carla Neckel de desburocratizar os serviços do departamento de assistência estudantil - DAE e aproximar-se dos/as estudantes da residência estudantil - RE. Verificou-se a necessidade de fazer um contraponto à representação negativa que muitos estudantes do ensino médio fazem do DAE, devido a este setor ser responsável pelo gerenciamento da RE, o que inclui a questão disciplinar dos estudantes. Na tarde do dia 20/02/19, Vanessa, carregando uma rede, convidou a técnica em assuntos educacionais Sônia para ir até a área da RE proporcionar um momento de conversa com os/as estudantes sobre suas experiências de vida no campus Sertão. Dirigiram-se a RE, sem aviso prévio, convidando os/as estudantes para a conversa. Sentaram-se na rede e no gramado para  aguardar as pessoas. No final deste primeiro encontro eram 30 participantes. Perguntou-se para o grupo o que acharam da conversa e se gostariam que a atividade continuasse. A resposta foi positiva. Pediu-se, então, para que escolhessem o próximo tema e combinou-se uma frequência quinzenal para a atividade que acabou se chamando Conversa na rede e passou a fazer parte do Projeto de ensino Campo cultural: um espaço/tempo de promoção do universo cultural contemporâneo. O sentido da Conversa na rede refere-se a uma rede física e afetiva. É um momento de diálogo e troca de experiências, todos/as participam com seus saberes de forma voluntária. Desde o início da atividade, em fevereiro de 2019, já aconteceram 9 encontros com os seguintes temas: ansiedade em relação a profissão; drogas; adolescência e experiências; relatos de experiências da residência estudantil; cultura e tradições regionais; histórias de vida; vida após ensino médio; ansiedade e depressão, sendo que este último aconteceu em dois encontros, com a participação da psicóloga Gabriele e a utilização do jogo Grok que visa trabalhar sentimentos e necessidades internas dos participantes. A média de participação é em torno de 15 pessoas por encontro. Percebe-se que os/as estudantes gostam desta atividade e sentem-se parte do processo. Observou-se que alguns sempre vão aos encontros, enquanto outros se aproximam para conhecer de forma mais esporádica. Conseguiu-se desenvolver qualidade nas relações interpessoais e aprofundamento nos diálogos. Neste espaço de troca, constatou-se que, tanto a equipe, quanto os/as estudantes crescem juntos.


Palavras-chave


Rede; Conversa; Afeto

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