A atividade leiteira no Brasil é de suma importância para o crescimento do agronegócio, o setor enfrenta problemas em relação à produtividade e qualidade do produto. A qualidade do leite é influenciada por fatores zootécnicos associados ao manejo, alimentação e armazenagem. Tal fato tem sido foco de preocupação entre produtores e consumidores nos últimos anos. Objetiva-se com o estudo melhorar alguns fatores relacionados a questões de higiene e qualidade leiteira envolvendo os produtores rurais. Para promover a melhoria das práticas de higiene e qualidade na produção de leite, foi desenvolvido o estudo em propriedades no norte do estado do Rio Grande do Sul, iniciou-se no ano de 2015 na localidade de Sertão/RS, em 2016, Chapada e Ronda Alta/RS e na sequência no ano de 2017 nos municípios de Camargo, Coxilha, Marau, Ronda Alta e Vila Lângaro/RS. Deste modo, procedeu-se estudos bibliográficos, aplicações de questionários a produtores para analisar as propriedades, instalações, manejo de rebanhos, identificação dos principais problemas de higiene e produção, culminando na assistência técnica. Entretanto, o teste de CMT (Califórnia Mastitis Test) considerado o mais eficiente e prático para ser realizado durante a ordenha e para diagnosticar doenças como a mastite subclínica, não estava sendo realizado na frequência adequada, podendo contribuir para a redução de qualidade do leite. Sendo assim, existe a necessidade de projetos voltados para a assistência ao produtor familiar de forma a identificar e quantificar os principais problemas de manejo de suas propriedades desenvolvendo boas práticas de ordenha, higiene e sanidade do rebanho. Conhecer a realidade de cada propriedade possibilita a adoção de medidas simples a serem empregadas para a obtenção de um leite de melhor qualidade, incrementando a renda e facilitando a permanência do produtor na atividade. A última etapa foi orientar através da assistência técnica, sugerindo mudanças no manejo dos animais, manejo de ambiente e acompanhar as transformações ocorridas, significativamente, ou não, após a implantação das alterações sugeridas. Desse modo, observa-se que, dentre todas as propriedades analisadas, uma propriedade por município aderiu ao sistema de higiene dos tetos com pré-dipping e pós-dipping, o que permite concluir que mesmo com as sugestões propostas poucas são as mudanças visíveis de manejo e melhoria da sanidade do rebanho.