Os jardins cumprem um papel fundamental na interação homem e natureza, além de terem um excelente papel social. No Brasil 23,9% da população total apresenta algum tipo de deficiência: visual, auditiva, motora, mental ou intelectual. Contudo, poucos são os espaços destinados e adaptados a essas pessoas. Diante disto, este estudo objetiva a criação de um jardim sensorial na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), no município de Sertão, RS. A montagem do jardim sensorial será feita a partir de materiais reciclados ou disponíveis, como: madeiras para fabricação de bancos e jardins verticais, tijolos para a delimitação de caminhos, pneus para confecção de floreiras, bambus e pedras para a confecção de sinos do vento. A altura do jardim terá uma altura pré-determinada, facilitando o acesso de pessoas com necessidades especiais. Este recurso garante o livre acesso de quem queira tocar ou cuidar das plantas ali presentes. As plantas estarão distribuídas no jardim de maneira possam estimular cada sentido do corpo humano (visão, tato, paladar, olfato e audição) não afetado pela deficiência. As plantas que serão utilizadas terão diferentes texturas, cores e aromas. Os materiais também terão diferentes texturas e espessuras (areia, argila expandida, pedras, bambu, cascas de árvores). A visita se dará através de um roteiro onde o visitante passará por um caminho pré-estabelecido, visitando todos os setores do jardim. O jardim sensorial, possui um maior apelo interativo por ser mais dinâmico e descontraído que os jardins comuns. Este tipo de exposição deixa de ser apenas uma área de lazer e passa a ser uma ferramenta de inclusão social.