Última alteração: 27-09-2016
Resumo
Os frutos exóticos da cultura da physalis (Physalis peruviana) apresentam características singulares em relação ao seu valor nutricional em função da presença de flavonoides e ácidos fenólicos. Isso tem tornado seus frutos procurados pelo mercado consumidor, estimulando a sua produção. Por se tratar de um cultivo recente, não se conhece a respeito da ecologia da germinação, sobre técnicas de extração de polifenóis e herbicidas seletivos para a cultura. Os objetivos deste trabalho foram identificar os efeitos do ambiente sobre a germinação das sementes, determinar melhores parâmetros na para a extração de polifenóis e ainda identificar herbicidas seletivos para o controle de plantas daninhas. Foi conduzida uma série de experimentos no IFRS – Campus Sertão. Os biótipos utilizados foram provenientes de Capelinha – MG e Sertão – RS. Para os estudos de ecologia da germinação foram analisados os efeitos da temperatura, luz, dormência e profundidade de semeadura. Nos estudos relacionados à extração de polifenóis foram levados em consideração diferentes parâmetros da técnica de extração assistida por micro-ondas. Com relação ao controle de plantas daninhas foram realizados estudos envolvendo herbicidas pré e pós-emergentes. As sementes apresentam pouca dormência, pois após 12 meses no campo, 78% das sementes haviam germinado e/ou sido predadas antes da avaliação. As condições ideais para o estabelecimento das mudas da physalis foi a semeadura entre 1 e 2 cm de profundidade, com temperatura entre 27 e 32 °C e fotoperíodo acima de 8 horas de luz. Com relação à extração de polifenóis a técnica de extração assistida por micro-ondas apresentou potencial de extração de polifenóis totais, especialmente os ácidos fenólicos (gálico, elagico e cafeico) e flavonoides (rutina e mangefirina). Ainda, a elevada densidade de planta daninha e toxidez causada pela aplicação de herbicidas reduzem os níveis de polifenóis nos frutos de physalis. Com relação aos herbicidas pré-emergentes, o S-metolachlor é seletivo à cultura em doses de até 960 g i.a. ha-1. Já o imazaquin foi seletivo em doses de até 112 g i.a. ha-1. Para os pós-emergentes, estudos de casa de vegetação e posteriormente à campo mostraram que os herbicidas quizalofop-p-ethyl, clethodim, clodinafop-propargyl, fluazifop-p-butyl, quinclorac, iodosulfuron-methyl, nicosulfuron, bentazon e metribuzin foram seletivos a cultura.