Portal de Eventos do IFRS, 6º Mostra de Iniciação Científica, Tecnológica e de Inovação

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Efeito da erva mate sobre parâmetros comportamentais e bioquímicos de Caenorhabditis elegans
Jéssica Reis de Oliveira Sofiatti, Eduarda Costa, Carlos Diego Santos, Pamela de Bortoli, Rosilene Rodrigues Kaizer

Última alteração: 20-09-2016

Resumo


A erva mate (Ilex paraguariensis) é uma planta nativa de regiões com clima temperado, através da carijo e infusão das folhas da erva mate é possível obter-se o chimarrão, bebida muito consumida na região sul do país e em alguns países vizinhos. A erva mate apresenta, propriedades antioxidantes, por conter polifenóis, flavonóides, metilxantinas e saponinas como vantagem aos consumidores por diminuir o risco de doenças neurodegenerativas como a Doença de Alzheimer (DA), doença que causa uma desordem neurológica, principalmente nas funções de memória e aprendizagem. Por outro lado a erva mate apresenta mecanismos bioquímicos e fisiológicos que possibilitam a ela adaptar-se a solos com baixos índices de pH, e consequentemente com elevados teores de Alumínio(Al)  biodisponíveis às plantas, acumulando Alumínio em suas folhas, folhas essas consequentemente usadas nas infusões. O Al é um metal com potencial ação neurotóxica, disponível abundantemente na superfície da Terra e que aumenta o risco do desenvolvimento da DA. Nesse contexto investigou-se através de métodos alternativos, via análise de parâmetros comportamentais de cepas GMC101, CL2122 e N2 estirpe selvagem do nematódeo Caenorhabditis elegans, o potencial da erva-mate na prevenção da DA, e ainda a concentração de Al no extrato das plantas e seu papel na etiologia da DA. Os resultados obtidos após exposição crônica ao Al demonstraram alterações comportamentais negativas, em funções controladas pelo sistema nervoso colinérgico do nematódeo, representadas pelo batimento faríngeo e pelo ciclo de defecação, principalmente na menor concentração (5,5mg/L Al) demonstrando um possível efeito bifásico da exposição ao Al, e observou-se menor toxicidade do metal nas concentrações maiores (8,0 e 10,5 mg/L Al). Quanto às exposições ao extrato da erva mate, o extrato obtido à 65°C inibiu as atividades comportamentais, já o obtido à 75°C apresentou caráter protetor às cepas de C. elegans. Observa-se então os benefícios do uso da infusão de erva mate à uma temperatura de 75°C, podendo indicar que a essa temperatura os antioxidantes naturais da erva-mate conseguem proteger as células do dano oxidativo protegendo-as dos metais presentes na erva mate. Ao contrário do extrato obtido à 65ºC que revela uma relação entre a progressão da DA, resultado muito similar ao encontrado na exposição ao metal in vivo nos nematoides.

Palavras-chave


Chimarrão; C. elegans; Alumínio; Doença de Alzheimer

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