Portal de Eventos do IFRS, 6º Mostra de Iniciação Científica, Tecnológica e de Inovação

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Avaliação da toxicidade de efluentes da indústria de laticínios sobre parâmetros bioquímicos em Caenorhabditis elegans
Eduarda Costa, Vanessa Oliveira, Jéssica Reis de Oliveira Sofiatti, Carlos Santos, Rosilene Kaizer

Última alteração: 27-09-2016

Resumo


O Alumínio por ser um importante floculante no tratamento de efluentes e estar sendo reconhecido como um agente neurotóxico, deste modo vem sendo associado com a doença de Alzheimer (AD), caracterizada por causar desordens neurológicas. No entanto o papel do Alumínio na etiologia da AD encontra-se desconhecido, por isso no estudo foram utilizadas as cepas transgênicas GMC101 e CL2122 e a cepa selagem N2 do nematódeo Caenorhabditis elegans como modelo experimental, buscando compreender o mecanismo de toxicidade do efluente de indústria de laticínio e do alumínio e sua relação com a AD, as análises foram realizadas através de parâmetros comportamentais como a defecação e o batimento faríngeo, para determinação da toxicidade do metal e sua relação à desordem neurológica, foram determinadas as concentrações 0,5 mM, 1,0 mM, 2,5 mM e 5 mM a partir da DL 50. Para as exposições os nematódeos, foram expostos ao AlSO4, para avaliar o efeito do toxicante Al após exposição aguda e crônica. Na exposição aguda, o ciclo de defecação da cepa CL2122 foi diminuído na concentração 0,5 mM quando comparado ao controle, 2,5 mM e 5,0 mM, respectivamente. Porém, a cepa selvagem mostrou um aumento do ciclo de defecação no grupo 2,5 mM quando comparado aos grupos 0,5 mM e 5,0 mM. Após exposição crônica, a defecação foi diminuída na cepa CL2122 no grupo 0,5 mM, em relação aos grupos controle, 1,0 mM e 2,5 mM. Na cepa N2, os grupos 1,0 e 2,5 mM apresentaram um aumento no ciclo em ambas concentrações quando comparados ao controle. A cepa GMC101 mostrou um aumento no ciclo de defecação no grupo 1,0 mM, em relação aos grupos controle, 0,5 mM e 2,5 mM. O batimento faríngeo na exposição aguda foi aumentado nas cepas transgênicas CL2122 e GMC101, e após a exposição crônica foi inibido, para CL2122 e GMC101, na concentração de 1,0 mM, quando comparado aos controles. Os resultados obtidos demonstraram que ambas exposições ao Al alteram o status do sistema colinérgico, através da análise dos parâmetros comportamentais. Assim podemos sugerir que os resultados obtidos demonstram uma relação entre o Al e a DA. Espera-se que este estudo possa contribuir para a determinação do efeito dos efluentes industriais, que podem conter elevadas concentrações de alumínio, bem como, o efeito isolado deste metal, através da avaliação de vários aspectos da neurodegeneração e a relação entre o Al e a AD.


Palavras-chave


Nematódeo de solo; Alumínio; Doença de Alzheimer; Acetilcolinaesterase

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