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Extração de DNA pelo método de coluna de sílica em populações de milho crioulo
Última alteração: 28-09-2017
Resumo
O milho é uma das principais culturas agrícolas, destacando-se na alimentação humana e animal. A alta variabilidade genética presente na espécie, pode ser visualizada nas inúmeras raças de milho existentes, denominadas raças crioulas ou landraces. A disponibilidade de informações sobre o potencial genético desses materiais pode contribuir para o melhoramento da espécie. Para a caracterização de germoplasma, atualmente, várias técnicas moleculares estão disponíveis, estando aliadas à identificação de acessos superiores do ponto de vista agronômico. As características moleculares utilizadas são aquelas baseadas no ácido desoxirribonucleico (DNA). Com isso, é necessário operacionalizar o processo de extração de DNA de espécies, visando a obtenção de amostras de qualidade, estabilidade e em quantidade suficiente para realização de análises genéticas com base em marcadores moleculares. Diferentes métodos de extração de DNA a partir de tecido foliar, como baseados no CTAB (Detergente Brometo de Cetiltrimetilamônio) e no SDS (Dodecil Sulfato de Sódio) têm sido utilizados, entretanto outras opções incluem o uso de colunas de sílica ligantes de DNA. Por isso, o objetivo deste trabalho é avaliar a extração de DNA de variedades crioulas de milho a partir do método de coluna de sílica, para uma posterior reação de PCR (Reação da Polimerase em Cadeia) eficiente. Dessa forma, foram avaliadas 17 populações de milho crioulo coletadas na região de Sertão, no Laboratório de Bioquímica e Biologia Molecular do Instituto Federal do Rio Grande do Sul, Campus Sertão. O DNA foi extraído com o Kit DNeasy® Plant Mini Kit, da marca QIAGEN através de um protocolo próprio da marca. A quantificação foi realizada através de espectrofotometria com leituras de absorbância de 260 e 280 nm, no sentido de estimar a concentração de DNA (ug.ml-1) e a concentração de proteína (ug.ml-1). Os resultados obtidos para concentração de DNA demostraram que alguns valores ficaram abaixo de 1,6 ug.ml-1 indicando a presença de quantidade de proteína superior à desejada. Verifica-se, também, que foi possível calcular uma concentração de proteína mínima de 22 ug.ml-1 nas amostras de DNA extraídas. O protocolo desenvolvido, desse modo, permitiu a obtenção de DNA de boa qualidade para a maioria das amostras, sendo que o método utilizado envolve menor número de etapas de manipulação das amostras, produz resultados mais rapidamente e não requer o uso de solventes como fenol ou clorofórmio durante a extração. A partir disso, pode-se explorar esses materiais, e verificar a variabilidade genética presente nas raças crioulas da região Norte do RS.
Palavras-chave
Zea mays; Landraces; material genético; Kits de extração
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