Portal de Eventos do IFRS, 7º Mostra de Iniciação Científica, Tecnológica e de Inovação

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Levantamento florístico e distribuição espacial de epífitas vasculares no Parque Natural Municipal de Sertão, RS
Letícia Mesacasa, Roberta Saldanha Gradin, Júlia Loss Ribas, Liana Dambros, Juliana Marcia Rogalski

Última alteração: 28-09-2017

Resumo


As epífitas constituem cerca de 10% de todas as espécies vasculares, totalizando 25.000 espécies, distribuídas em cerca de 84 famílias. Existem poucos estudos com epífitas vasculares e a crescente fragmentação, exploração e destruição de seus hábitats e ecossistemas as torna extremamente vulneráveis. Devido as suas características fisiológicas e nutricionais elas possuem um papel fundamental nos estudos referentes à interferência antrópica. Funcionam como bioindicadores do estágio sucessional, pois em ambientes alterados apresentam menor diversidade. Diante disso, o objetivo deste estudo foi conhecer as epífitas vasculares do Parque Natural Municipal de Sertão. O levantamento florístico das epífitas vasculares está sendo efetuado quinzenalmente, desde maio de 2017, onde foi realizada a coleta de espécimes em floração e/ou frutificação (Angiospermas), ou com esporos (Pteridófitas). Foram coletadas e identificadas, ao todo, 52 espécies de epífitas vasculares, pertencentes a 32 gêneros e 12 famílias botânicas: Orchidaceae (17), Piperaceae (8), Polypodiaceae (8), Cactaceae (6), Bromeliaceae (4), Aspleniaceae (2), Pteridaceae (2). Araliaceae, Blechnaceae, Commelinaceae e Gesneriaceae apresentaram uma espécie cada. Dentre as espécies registradas 30 foram classificadas como epífitas obrigatórias, 20 como epífitas facultativas e duas como epífitas acidentais. Das espécies registradas, nove foram muito abundantes (17%), 11 abundantes (21%), seis pouco abundantes (12%), 15 raras (29%) e 11 muito raras (21%). As espécies com maior ocorrência foram Campyloneurum austrobrasilianum (Alston) de la Sota, Microgramma squamulosa (Kaulf) de la Sota, Niphidium crassifolium (L.) Lellinger e Pleopeltis pleopeltifofia (Raddi) Alston (Polypodiaceae); Lepismium holletianum (Lem.) Barthlott e Lepismium warmingianum (K. Schum.) Barthlott (Cactaceae); Peperomia catharinae Miq. e Peperomia trineura Miq. (Piperaceae); e Hapalorchis lineata (Lindl.) Schltr. (Orchidaceae). Das 52 espécies registradas, 12 delas encontram-se na Lista Nacional das Espécies da Flora Brasileira Ameaçadas de Extinção, o que mostra a importância das unidades de conservação para a manutenção destas espécies.


Palavras-chave


Floresta Ombrófila Mista; Espécies Ameaçadas

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