Portal de Eventos do IFRS, 7º Mostra de Iniciação Científica, Tecnológica e de Inovação

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Efeito da erva mate sobre parâmetros comportamentais e bioquímicos de Caenorhabditis elegans
Ana Paula Vanin, Pamela Michaela de Bortoli, Eduarda Costa, Gean Delise Leal Pasquale Vargas, Rosilene Rodrigues Kaizer Perin

Última alteração: 25-09-2017

Resumo


A erva-mate, Ilex paraguariensis, cultivada na região sul do país, é uma planta da família Aquifoliaceae, as folhas e galhos passam por um processo de industrialização (sapeco das folhas, secagem, moagem e beneficiamento do produto) para serem consumidas através do preparo do chimarrão e Tererê.  O extrato de erva-mate além de ser consumido no chimarrão, vem sendo introduzido em outras bebidas como chás gelados. Devido a este hábito de consumir diariamente o chimarrão, os estudos relacionados à erva-mate, foram realizados por ter sido comprovada a presença de Alumínio (Al) nas folhas da planta, e que este metal é um potente agente neurotóxico que está relacionado à Doença de Alzheimer (DA). Assim, o estudo visa analisar a presença de compostos oxidantes e do alumínio para saber se este consumo pode causar algum benefício ou prejuízo a saúde da população. Logo, o presente estudo teve como objetivo avaliar as alterações no metabolismo do nematódeo Caenorhabditis elegans através da exposição crônica e aguda ao Alumínio e da atividade da enzima Acetilcolinesterase (AChE) e análise de parâmetros comportamentais. Para os estudos, foram utilizadas as cepas GMC 101, CL2122 e, a selvagem N2. O verme foi cultivado em meio NGM (Nematode growth médium), sincronizado na fase larval L1, alimentado com bactéria Escherichia coli e mantidos na B.O.D à 20º C. Os vermes sincronizados na fase larval L1, foram expostos à solução da erva mate por 48 horas  onde eles se desenvolvem e atingem a fase larval L3 em que foram  feitas as análises comportamentais (defecação e batimentos faríngeos) e AChE. Para a análise enzimática os nematódeos foram mantidos em gelo, sonicados no ultrassom para romper a cutícula, centrifugados e, logo após foi utilizado o sobrenadante para obter os resultados através do método colorimétrico. O comportamento dos vermes expostos foi avaliado através dos parâmetros batimento faríngeo e defecação e ambos apresentaram diferenças significativas nos nematódeos submetidos a diferentes concentrações de Alumínio, quando comparados ao controle. Já após a exposição aguda, os extratos de erva mate obtidos à temperatura de 75ºC, mostraram um nível menor na taxa de batimento faríngeo de 23%. Entretanto, o extrato aquoso de erva mate obtido à temperatura de 65ºC foi o que mais apresentou efeitos similares aos do controle. Demonstrando assim, que a temperatura de preparo do chimarrão à 65ºC é a que possui mais benefícios para o consumo diário.


Palavras-chave


alumínio, antioxidantes, C. elegans, chimarrão

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