Portal de Eventos do IFRS, 7º Mostra de Iniciação Científica, Tecnológica e de Inovação

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Avaliação do efeito tóxico de cobre oriundo de aplicação de calda bordalesa sobre frutas cítricas e uvas
Ani Carla Concato, Eduarda Costa, Ana Paula Vanin, Wagner Antonio Tamagno, Letícia Aparecida dos Santos Rosa, Daniela Frizzo Philippsen, Rosilene Rodrigues Kaizer Perin

Última alteração: 11-10-2017

Resumo


A viticultura é uma atividade em expansão no Brasil, onde, o estado do Rio Grande do Sul se destaca por possuir a maioria dos vinhedos do país, os quais, utilizam fungicidas à base de cobre para combater doenças foliares, como a calda bordalesa, que é formada pela combinação de sulfato de cobre e cal hidratada. Porém, o uso frequente desse fungicida ocasiona um aumento da concentração de cobre no solo e o torna tóxico para as plantas, sendo necessário estudar os prejuízos do mesmo. Portanto, o objetivo do presente trabalho foi avaliar os teores de cobre presentes em vinhedos e plantações de frutas cítricas orgânicas que utilizam a calda bordalesa como fungicida. Como metodologia, primeiramente, foram coletados o solo e as frutas em uma propriedade rural que possui produção orgânica certificada de citros e uva, na Região de Erval Grande – RS. Posteriormente, o solo e os sucos de laranja e uva foram extraídos para a realização das análises e em seguida, para a avaliação da presença do metal, as amostras de sucos e solos foram divididas em grupos, onde o suco de laranja foi dividido em norte lavado e não lavado e sul lavado e não lavado. Já, para o suco de uva a divisão foi feita por região com mais insolação lavado e não lavado e sombra lavado e não lavado. Em relação aos solos, foram utilizados, um solo que nunca recebeu o tratamento com calda bordalesa como testemunha, e os solos que possuem uva e laranja plantados e que recebem o tratamento antifúngico recomendado para uma propriedade certificada como produtora de produtos orgânicos. Os resultados das análises com suco, tanto de uva quanto de laranja, obtidos na pesquisa, quando comparados à Resolução CONAMA 357 que dispõe sobre a qualidade das águas no Brasil, e fala em seu capítulo terceiro, que para os parâmetros de água doce classe 1 e 3, o valor máximo do cobre é respectivamente 0,009 mg/L e 0,013 mg/L, e 0,18 mg/L de zinco em água doce tipo 1, apresentaram valores um tanto quanto exacerbados, tanto em relação ao cobre como ao zinco. Portanto, sabendo-se que mesmo sendo um metal essencial para os organismos, o cobre em excesso, pode provocar alterações no desenvolvimento e no metabolismo dos seres vivos, por isso são recomendadas avaliações toxicológicas em organismos indicadores, como o modelo Caenorhabditis elegans.


Palavras-chave


Fungicida; Citrus; Toxicologia; Produto Orgânico

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