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Avaliação de diferentes tintas em pó, do tipo híbrido e poliéster, para aplicação em produtos de linha branca
Aline Missiaggia, Diego Piazza, Douglas Alexandre Simon, Edson Luiz Francisquetti

Última alteração: 30-11-2018

Resumo


Tintas em pó são utilizadas para proteger e proporcionar um acabamento final a superfície de um substrato. Por apresentarem facilidade de aplicação, baixo custo e serem livres de solventes, tornaram-se a principal alternativa nas indústrias, tal qual na linha branca. A sua utilização costuma representar cerca de 5 % do custo total de um produto, representação que estimula a busca por tintas com maior economia de aplicação aliadas a boas propriedades, com o objetivo de tornar o produto final mais competitivo no mercado.  Neste trabalho foram analisados formulações de tintas em pó de diferentes fornecedores buscando mensurar economia de aplicação, desempenho mecânico e anticorrosivo para a aplicação em produtos de linha branca. Duas tintas são do tipo híbrido (epóxi-poliéster) e duas do tipo poliéster, denominadas respectivamente como H, H1, P e P1. As tintas em pó foram caracterizadas por espectrometria de infravermelho com transformada de Fourier (FTIR), Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV), distribuição do tamanho de partícula, avaliação da First Pass Transfer Efficiency (FPTE) e cálculo de rendimento. O revestimento aplicado foi analisado quanto a espessura de camada de tinta, resistência ao impacto, flexibilidade, aderência e ensaio de névoa salina. Os espectros FTIR apresentaram resultados semelhantes para todas as tintas, sendo que apenas as tintas P e P1 não apresentaram as bandas características da resina epóxi.  As tintas apresentaram partículas com formato irregular devido ao processo mecânico de moagem. Dentre as amostras analisadas, a amostra P1 apresentou menor tamanho médio de partícula de pó e menor FPTE, resultado que pressupõe maior economia na aplicação, pois proporciona maior uniformidade de camada de tinta aplicada. Este comportamento também foi observado no cálculo de rendimento, com melhor resultado econômico na tinta P1, seguido pela tinta H1, P e H. A espessura da tinta nos corpos de prova produzidos permaneceu entre 38 a 45 µm. Obtiveram-se resultados satisfatórios nos ensaios mecânicos de aderência e flexibilidade. Para o ensaio de impacto, somente a tinta híbrida H1 apresentou trincas, indicando menor resistência mecânica. Na análise de resistência à corrosão, as tintas apresentaram resultados equivalentes com migração subcutânea inferior a 3 mm após 504 horas de exposição. Como conclusão, a tinta P1 promete maior economia na aplicação combinada a boas propriedades mecânicas e anticorrosivas. A tinta H1 apresentou menor resistência mecânica e a tinta H apresentou menor resultado de economia na aplicação.


Palavras-chave


Tinta em pó. Poliéster. Híbrido. Linha branca.

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