Última alteração: 14-12-2018
Resumo
A espécie Physalis peruviana vem ganhando importância principalmente devido a composição química das frutas, associado ao alto valor de mercado, sendo uma alternativa viável principalmente para pequenas propriedades. No ciclo da cultura existem vários tratos culturais que demandam grande quantidade de mão de obra, sendo que o controle de plantas daninhas é um desses manejos que se tornam dispendiosos. O objetivo do trabalho foi verificar a tolerância da espécie Physalis peruviana às diferentes concentrações do herbicida metribuzin. O experimento foi conduzido a campo no Setor de Agricultura I do IFRS – Campus Sertão no ano agrícola 2017/18. Inicialmente foi realizado a semeadura em bandejas de poliestireno expandido de 128 células. As mudas foram transplantadas quando apresentaram 4 a 6 folhas, utilizando espaçamento de 60 cm entre plantas. O canteiro foi coberto com mulching e realizou-se o tutoramento das plantas até o fim do experimento. O delineamento utilizado foi o blocos ao acaso, com 4 repetições e 6 tratamentos, sendo que cada parcela continha 5 plantas. A aplicação dos herbicidas aconteceu quando as plantas apresentavam 8 folhas expandidas. Para aplicação dos tratamentos foi utilizado pulverizador pressurizado a CO2 com volume de calda de 180 L.ha-1. Os tratamentos consistiram na variação de dose do herbicida metribuzin (0, 120, 240, 360, 480 e 960 g i.a. ha-1). As variáveis analisadas foram fitotoxicidade (0, 7, 14, 21 e 28 DAA) e produtividade quando as plantas entraram em período reprodutivo sendo realizada semanalmente. Os dados foram submetidos a análise estatística, utilizando análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey, com auxílio do software estatístico Assistat (versão 7.7) e os gráficos elaborados com o programa Sigmaplot (12.5). Na primeira avaliação, aos 7 DAA, foi possível observar um aumento da fitotoxicidade com o aumento da dose do herbicida, onde o tratamento com dose de 960 g i.a. ha-1 causou maiores injúrias, chegando a 80%. Na última avaliação, aos 28 DAA, houve diminuição da fitotoxicidade quando comparado a primeira avaliação, porém a maior dose do herbicida continuou apresentando maiores injúrias. O rendimento da cultura foi reduzido com o aumento da dose de metribuzin, porém não houve diferença estatística entre os tratamentos. O experimento demonstrou seletividade do herbicida metribuzin a P. peruviana nas concentrações até 480 g i.a. ha-1, onde houve menores índices de fitotoxicidade. A dose de 960 g i.a. ha-1 causou a morte de algumas plantas, não sendo indicado o uso da mesma.