Portal de Eventos do IFRS, 7º Seminário de Iniciação Científica e Tecnológica (SICT)

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Identificação de biótipos de azevém (Lolium multiflorum) resistentes aos herbicidas inibidores da enzima ACCase
Rafaela Cinelli, Andrei Sauthier Barbieri, Mateus Pretto, Rubens Antonio Polito, Tamara Heck, Anderson Luis Nunes

Última alteração: 14-12-2018

Resumo


O azevém é a principal planta daninha da cultura do trigo, a qual contribui para a perda de produtividade devido à competição exercida por recursos do ambiente. Atualmente, o azevém apresenta resistência ao herbicida glyphosate e aos inibidores da enzima ALS em praticamente toda região sul do Brasil. Nesse sentido, o uso de herbicidas inibidores de ACCase é a principal alternativa química no controle desta planta daninha.  O surgimento de biótipos resistentes ocorre em maior frequência em áreas onde há o uso repetido de herbicidas com o mesmo mecanismo de ação, com intensificação no uso de herbicidas inibidores da enzima ACCase, tem-se relatado dificuldade no controle dessa planta usando herbicidas desse mecanismo de ação. Diante disso, o objetivo desse projeto é identificar biótipos de azevém resistentes aos herbicidas inibidores de ACCase. O projeto foi implantado em estufa climatizada em delineamento experimental completamente casualizado com quatro repetições. As unidades experimentais consistiam em vasos com uma planta. Os tratamentos realizados foram 10 doses do herbicida clethodim e 10 doses do herbicida haloxifope-p-metílico, caracterizando-se por um experimento de dose resposta. A aplicação foi realizada com pulverizador costal pressurizado a CO2, quando as plantas apresentavam de três a quatro folhas verdadeiras. Foram avaliados a fitotoxicidade dos biótipos aos 7, 14, 21, 28 e 35 DAA e massa seca coletada aos 40 DAA. Os biótipos 56, 60, 65, 76 e 90 não se adaptaram a regressão usada para o cálculo de C50 e ficaram fora da análise estatística, isso ocorreu pois os herbicidas tiveram total controle sobre as plantas nas doses mais baixas utilizadas, caracterizando-os como suscetíveis. Nenhum biótipo estudado apresentou resistência ao herbicida clethodim, o mesmo controlou 80% das populações estudadas com doses abaixo ou igual a dose recomendada. Apenas o biótipo 22 planta 3 apresentou resistência ao herbicida haloxyfop, possuindo FR50 de 5.5, 4.3 e 5.8 para as avaliações de 28, 35 e 40 DAA respectivamente. É necessário verificar a herdabilidade dessa resistência para que a planta seja caracterizada como um caso de resistência a herbicida. No local de coleta deve-se adotar, desde já, medidas que impeçam a disseminação dessa resistência para outras áreas e estudar controles alternativos viáveis para as plantas resistentes.

 


Palavras-chave


Manejo; Controle; Resistência; Clethodim; Haloxifope-p-metílico

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