Última alteração: 14-12-2018
Resumo
Nos últimos anos percebe-se um crescimento na quantidade de veículos nas cidades, sendo estes entendidos como um dos principais agentes geradores do aumento de ruídos em meios urbanos. O ruído define-se como um som ou a mistura de sons desarmônicos e incômodos que podem causar danos à saúde daqueles que estejam expostos a ele. Embora invisível, o ruído é o responsável pela poluição sonora, uma das grandes poluições a que as cidades estão sujeitas. Desse modo, torna-se importante o estudo sobre esse frequente problema das sociedades urbanas contemporâneas, para que possa haver uma adequação à situação, visando melhoria na vida nas cidades com relação à poluição sonora. Elaborou-se, então, uma pesquisa objetivando estudar o ruído na cidade do Rio Grande, RS, com recorte para estudo de caso no bairro Cidade Nova (um bairro plural, com usos tanto residencial quanto comercial, e com passagem de vias de ligação entre o Centro e a periferia). A fim de mapear as intensidades sonoras, podendo identificar as áreas em que os ruídos passam dos limites adequados pelas normas técnicas, coletaram-se dados na região escolhida entre os meses de junho e setembro do ano de 2018. Os métodos empregados consistem na elaboração do mapa axial, coleta de intensidades sonoras in loco com o decibelímetro, inserção dos dado sem SIG, extração das tendências de movimento e verificação da correlação. Os dados coletados são organizados em um SIG, para visualizá-los na forma de mapas temáticos e facilitar o entendimento do público em geral. Ao mesmo tempo, procura-se verificar a hipótese de relação entre a intensidade sonora e as medidas morfológicas cuja interpretação está associada a tendências de movimento (podendo relacionar com fluxos de automóveis), visto que, fenômenos sociais encontram-se, normalmente, relacionados ao espaço físico, isto é, ao modo como as cidades estão estruturadas. Resultados parciais não foram conclusivos, tendo obtido correlação alta em um primeiro estudo (2015) e baixa no segundo (2017),estando sendo realizado pela terceira vez a fim de verificar manutenção da hipótese de investigação ou se há indicação de aleatoriedade do fenômeno. Espera-se, desse estudo, atender as expectativas do projeto compreendendo melhor o fenômeno nas cidades e assim contribuir com uma melhor qualidade de vida urbana, podendo auxiliar o poder público para buscar a solução necessária para o problema apresentado.