Portal de Eventos do IFRS, 7º Seminário de Iniciação Científica e Tecnológica (SICT)

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Utilização da casca do arroz para remoção de metais da água de poço do litoral norte gaúcho
Maria Luiza Teixeira da Rosa, Cláudius Jardel Soares, Saulo Antônio Gomes Filho, Flávia Santos Twardowski Pinto

Última alteração: 14-12-2018

Resumo


A água doce disponível no planeta, corresponde a 2,5% do total de água. Deste número, 68,9% estão nas calotas polares, 29,9% nos reservatórios subterrâneos, e 1,2% representam as águas superficiais. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estima que apenas 63,9% dos municípios brasileiros são beneficiados com água tratada. Para a água atingir seu estado de potabilidade e não apresentar riscos à saúde, as Estações de Tratamento da Água se responsabilizam por retirar as impurezas e substâncias prejudiciais, através de diversas etapas e operações de tratamento. Muitas cidades do litoral norte gaúcho se beneficiam com a utilização da água de poço. Esta água apresenta uma grande concentração de ferro e manganês, os quais são prejudiciais à saúde. Outro problema que a cidade vivencia é a geração da alta quantidade de resíduo de arroz. O Brasil produz cerca de 2,6 milhões de toneladas desse subproduto anualmente. Portanto, o objetivo do presente projeto foi criar um método alternativo de filtragem da água de poço utilizando o resíduo agroindustrial do arroz da nossa região. Como primeira etapa do nosso projeto, realizamos uma pesquisa no IBGE, CORSAN e Prefeitura Municipal de Osório a fim de verificar a quantidade de pessoas que não possuem água tratada. Como segunda etapa, nós realizamos a coleta do resíduo de arroz produzido na nossa região. Na sequência, nós tratamos esse resíduo através da ativação do mesmo com hidróxido de sódio (NaOH) a 40g/L por 3 horas. Na sequência a casca foi lavada com água corrente até atingir o pH 7,0, sendo posteriormente seca a 80ºC em estufa. Após, foram produzidos oito filtros com diferentes materiais, sendo eles: casca de arroz, areia, gaze, algodão, carvão ativado e a mistura destes. Foi realizado também a adsorção, durante 30 minutos utilizando agitador magnético. Coletamos água em quatro diferentes locais. Como primeiro resultado, vimos que 7% da população osoriense utiliza água de poço não tratada. Após as filtragens e o método de adsorção, as amostras foram analisadas em espectrofotômetro, constatando-se a redução da absorbância. O método de adsorção apresentou os melhores resultados. Obtivemos a redução de cerca de 80% da quantidade de ferro e 50% de manganês. O objetivo desse trabalho foi alcançado, uma vez que foi possível aproveitar o resíduo do arroz e remover os metais da água de poço. Portanto, a pesquisa desenvolvida se faz importante por incentivar o aproveitamento de resíduos e a melhora da qualidade de vida.


Palavras-chave


Aproveitamento integral; Casca de arroz; Tratamento de água

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