Portal de Eventos do IFRS, 7º Seminário de Iniciação Científica e Tecnológica (SICT)

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As patentes depositadas e concedidas dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia: de onde vem e para onde vão!
Caroline Birnfeldt, Júlio Xandro Heck

Última alteração: 14-12-2018

Resumo


Os pesquisadores dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IFs) têm sido incentivados a desenvolverem pesquisas nas quais os resultados não devem ficar apenas na categoria de publicações em periódicos. Na Contemporaneidade, a produção de inventos patenteáveis é vista como sinônimo de produção de conhecimentos e de desenvolvimento tecnológico, e, nesse sentido, a ênfase passa a ser o desenvolvimento de projetos inovadores, capazes de converterem-se em um depósito de patente. Nessa linha, a quantidade de patentes depositadas pelos IFs teve um significativo aumento. No entanto, acredita-se que mais importante que um crescente número de depósitos, é como essa patente será efetivamente utilizada pelos setores produtivos nacionais. Assim, o objetivo da pesquisa desenvolvida foi investigar qual tem sido o destino das patentes depositadas pelos IFs e, analisar o papel destas, como mecanismo de transferência de tecnologia e propagação do conhecimento gerado nas instituições pesquisadas. A importância de desenvolver tal investigação está relacionada com o incentivo e o mérito dado à geração de produtos e a inovação no meio acadêmico. Para tanto, mapeou-se todos os pedidos de patentes depositados pelos IFs, e já publicados, no site do Instituto Nacional da Propriedade Intelectual (INPI). Os dados obtidos com o mapeamento constituíram o histórico de cada pedido, que permitiu entender qual tem sido o destino das patentes depositadas pelos IFs. Como forma de conhecer as estratégias utilizadas para a comercialização e apresentação das patentes, bem como o controle do andamento dos pedidos, enviou-se questionário para todos os Núcleos de Inovação Tecnológica (NITs) dos IFs, órgão responsável por gerir a política de inovação da sua respectiva instituição. Com o questionário, percebeu-se que que poucos IFs possuem uma forma de apresentação de seus inventos ao público externo, o que favorece a pequena quantidade de inovações comercializadas. Com o mapeamento realizado observou-se que: houve um aumento expressivo no número de pedidos depositados pelos IFs, e muitos desses, foram indeferidos. A grande quantidade de pedidos depositados, contraposta com o número de pedidos cancelados, demostra que na atualidade, o centro do processo de ensino passa a ser o produtivismo acadêmico, justificado pela valorização acadêmica que as patentes passaram a ter. Assim, tal centralidade pode acabar por comprometer as práticas pedagógicas.  Entende-se que as práticas pedagógicas e também a gestão acadêmica, mais do que buscarem por inovação, tecnologia e a utilidade destas para o desenvolvimento do País, precisam estar comprometidas com a formação humana, em sua totalidade.


Palavras-chave


Patentes; Inovação; Institutos Federais

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