Este projeto é uma ação do Programa de extensão Geosaúde que é desenvolvida no IFRS – Campus Rio Grande. Essa ação visa realizar o mapeamento das ocorrências de tuberculose no município do Rio Grande, possibilitando uma visão espacial do comportamento dessa doença ao longo de dez anos (de 2007 a 2017). A demanda deste trabalho foi repassada pela Secretaria de Município da Saúde (SMS) da cidade do Rio Grande como forma de melhor entender a dinâmica dessa doença na região, buscando identificar áreas de atendimento prioritário e a relação da estratégia de saúde da família com as ocorrências de tuberculose. O mapeamento está sendo realizado com o auxílio do software ArcMap. A coleta das informações foi realizada por servidor da SMS, de forma automática, através da saída de dados do Sistema de Informações de Agravo de Notificação (SINAN) que gera uma planilha eletrônica (em formato XLS) com as informações necessárias para desenvolvimento deste projeto, como: idade, sexo, correlação com HIV e dados de localização do paciente. Estão sendo correlacionadas variáveis ambientais associadas aos casos da doença, além de sua associação com dados cedidos pela SMS. Serão também correlacionadas espacialmente a existência de Unidades Básicas de Saúde que atendam pelo Programa de Estratégia de Saúde da Família, a fim de investigar se a maior concentração de ocorrências e abandonos do tratamento estão presentes nestas áreas, com a finalidade de verificar sua interferência nesses casos. Serão também correlacionados fatores socioeconômicos do Censo demográfico à estas ocorrências, a fim de verificar variáveis associadas como renda e situação sanitária. Com a realização desse trabalho pode-se perceber que os fatores ambientais e socioeconômicos estão se mostrando grandes influenciadores na distribuição da doença, por exemplo, a concentração dela está em bairros da cidade de menor renda. Através deste mapeamento, espera-se proporcionar para a gestão pública municipal, especialmente para os servidores da SMS, uma visão espaço-temporal e socioeconômica do comportamento da doença durante esses dez anos, possibilitando associações destas com dados espaciais. Assim, o estabelecimento de políticas públicas voltadas para a ocorrência de tuberculose pode ser aprimorado, com a identificação pontual de onde estão sendo registradas.