Tendo em vista a situação da leitura na comunidade em que o Campus Restinga está inserido, faz-se necessária a busca de alternativas para o incentivo à leitura, sendo uma delas, a criação de um grupo de contadores de histórias. Pensando assim, surge o Contamores, um grupo de alunos e servidores voluntários que participaram do curso de contação de histórias realizado no campus. O grupo tem como objetivo despertar nas pessoas o interesse e o encantamento pela leitura, resgatar leitores e formar novos a partir de oficinas e de contações de histórias. Isso se deve, porque ouvir histórias ajuda a ativar a imaginação, a focar a atenção e a refletir sobre a história narrada. Durante o desenvolvimento do projeto, foi estabelecida uma parceria com o Hospital Restinga e Extremo Sul, juntamente com a Parceiros Voluntários. Com a repercussão das atividades no bairro, o projeto foi ganhando ainda mais reconhecimento como um ato de cidadania, fazendo com que o Contamores estabelecesse novas parcerias com instituições de ensino da região. Hoje, o Contamores realiza contações e oficinas na comunidade interna e externa ao campus e, para a realização dessas atividades, são necessárias algumas preparações. Os voluntários realizam leituras de textos teóricos sobre técnicas de contação de histórias e desenvolvem os conceitos aprendidos. Nas oficinas, oferecidas para adolescentes e adultos, são trabalhadas várias dinâmicas, as quais ajudam nas técnicas que um bom contador de histórias deve ter. O grupo também realiza encontros semanais, nos quais os voluntários realizam autoavaliações e compartilham experiências obtidas nas atividades. O Contamores proporciona contações para alunos de instituições de ensino parceiras sempre buscando contar através da narrativa teatral, acompanhada de maquiagens, fantoches, fantasias e músicas que cativam a atenção das crianças. Com esse trabalho, acredita-se que será possível resgatar leitores, no caso os próprios voluntários, e estreitar sua relação com histórias, pois quem conta, precisa ser leitor. Isso significa que, para escolher adequadamente uma história, é necessário que o contador conheça muitas delas e que as leia tantas vezes quanto forem necessárias, para que haja a apreensão de todos os aspectos importantes para a contação e para a compreensão por parte do ouvinte. Desse modo, a pessoa, ao desenvolver o hábito de escutar histórias, se motivará a ler.