O presente projeto de extensão busca ações de debate, de diálogo e de troca de saberes e vivências entre alunos e servidores do IFRS - Campus Osório com a comunidade externa.  Na atualidade, o cenário de ódio, preconceitos, descaso, intolerância decorre, entre várias questões, do não reconhecimento da diferença. Ainda falta uma percepção de que direitos humanos referem-se a toda e qualquer pessoa pelo fato de ser humano. Estabelecer os direitos humanos como alvo debates de uma ação de extensão é visualizar uma ruptura das raízes discursivas sobre violências presentes em nosso contexto. Partindo dessa concepção de educação em direitos humanos, realizou-se contatos com a comunidade externa, lugares que pudessem receber visitas de estudantes. Tratam-se de lugares nos quais se encontram pessoas em situação de vulnerabilidade ou de segmentos populacionais que sofrem com estigmas. Assim, o projeto torna-se relevante ao estipular ações que possibilitem ao estudante o contato com a sua comunidade, atuando em lugares onde há uma demanda de afeto e direitos. As ações, então, foram planejadas no sentido de que estudantes do campus Osório pudessem conhecer a realidade que os cerca, integrando-se e desenvolvendo habilidades como alteridade, empatia e paciência. O projeto visa proporcionar ao estudante a compreensão da importância de conhecer e participar da cidade, isto é, um estímulo à cidadania. O projeto se consolida como uma oportunidade do estudante construir uma formação integral, considerando a importância da educação através de uma formação humana e profissional do aluno. A metodologia presente no projeto iniciou-se com estudos sobre ética e direitos humanos, depois, com o cadastramento de voluntários, os quais fizeram uma inscrição online para expressar o público que deseja atender. Posteriormente, foram planejadas com a comunidade. Em seguida os  voluntários passam por uma preparação, para entender a atuação em campo. No final de cada ação, há a avaliação das ações com o preenchimento pelos voluntários de um formulário. As ações, são distribuídas em dois grupos, nelas estão ações no lar de idosos e hospital. Nesse ponto, o projeto vem obtendo alguns resultados. Trata-se de uma aprendizagem para os estudantes que percebem que para romper com preconceitos, é necessário a troca de vivências. A equipe identificou desafios para o diálogo, o reconhecimento das singularidades de cada pessoa, a importância da escuta. A equipe vem rompendo com noções assistencialistas, estáticas e percebendo-se criticamente no mundo. Conhecer é perceber as diferenças e reconhecer sua existência como reivindicadora de direitos.