Inúmeros autores afirmam que crianças e adolescentes que se encontram em situação de vulnerabilidade social são aquelas que vivem negativamente as consequências das desigualdades sociais, pobreza, exclusão social, falta de vínculos afetivos na família e nos demais espaços de socialização; da passagem abrupta da infância à vida adulta; da falta de acesso à educação, trabalho, saúde, lazer, alimentação e cultura. Ainda, cita-se da inserção precoce no mundo do trabalho ou falta de perspectivas no mercado formal de trabalho; da entrada em trabalhos desqualificados; da exploração do trabalho infantil; do alto índice de reprovação e/ou evasão escolar; da oferta de integração ao consumo de drogas e de bens, ao uso de armas, ao tráfico. Pensando em colaborar com estas crianças e adolescentes, elabora-se o projeto de extensão denominado “Fortalecimento de laços entre estudantes participantes do Lar da Menina de Getúlio Vargas”, o qual realiza suas atividades na entidade de Ação Social Getuliense Nossa Senhora da Salete – Lar da Menina (ONG Filantrópica que atende crianças da Educação Infantil e do Programa de Apoio Socioeducativo em Meio Aberto). As ações de extensão são desenvolvidas com 45 crianças divididas em três grupos conforme a faixa etária, e 15 adolescentes em um único grupo. O referido projeto de extensão justifica-se, já que tem o intuito de aplicar atividades socioeducativas que permitam relações sociais positivas, de forma que estas contribuam no fortalecimento de laços e vínculos. Para tanto, este trabalho, por meio de uma abordagem metodológica qualitativa, apresenta o referido estudo de caso. Atua-se com as crianças e os adolescentes desde o ato de inscrição no Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos. Visa-se a conhecer a história dos participantes e destacar atividades que promovam o sentimento de pertença e de identidade, fortalecendo vínculos familiares e incentivando a socialização e a convivência comunitária. Os resultados parciais indicam que os participantes têm se envolvido no projeto de extensão, demonstrando interesse e comprometimento, buscando auto avaliar-se, a partir das ações desenvolvidas. O projeto de extensão por meio de seus facilitadores mantém uma relação de confiança e de segurança para que as crianças e adolescentes possam minimizar as suas preocupações e seus medos estabelecendo uma aliança. Ressalta-se que os facilitadores têm que estar preparados sócio emocionalmente para subsidiar certos comportamentos, atitudes e pela qual os participantes pronunciam-se, atuando com estratégias que fortaleçam os laços e vínculos, a partir de reflexões e dinâmicas de grupo.