A computação está se integrando cada vez mais ao corpo por meio das tecnologias vestíveis, remetendo ao processo artesanal e incentivando a inventividade no campo tecnológico. Isso promove a interconexão entre diferentes áreas, desde a manufatura (artesanato, e-textile, design, moda) até as metodologias STEAM (Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática), permitindo a combinação de materiais variados, processos de criação e tecnologias digitais. Nesse contexto, o projeto de pesquisa “InventADA: Investigando o contexto de tecnologias vestíveis na perspectiva do gênero feminino” buscou realizar uma pesquisa abrangente sobre a temática: Wearables e Gênero Feminino e produzir uma revisão sistemática de literatura sobre o tema. Enquanto processo metodológico realizamos uma investigação documental da qual emergiu uma revisão de literatura sobre o tema "Wearables e o Gênero Feminino". Nesse sentido definimos uma string de busca, realizamos uma seleção de artigos no Google Acadêmico e identificamos 221 artigos entre os anos 2012 e 2024 (realizamos a separação entre anos pares e ímpares entre as bolsistas). Posteriormente, definimos quatro perguntas de pesquisa que nos trouxeram dados sobre: ”Quais os contextos/áreas que as pesquisas estão sendo desenvolvidas?”, “Qual a parte do corpo que a tecnologia está sendo associada?, ”Qual é o público feminino destacado na pesquisa (faixa etária)?”, “Quais os tipos de tecnologias vestíveis estão sendo associadas na pesquisa?”. Os resultados que emergiram da revisão sistemática de literatura, focada em artigos sobre tecnologias vestíveis e sua relação com o gênero feminino há destaque para a identificação de cinco grupos principais de investigações que vêm sendo realizadas acerca do tema: Saúde, Diferença de gênero, Movimento Maker, Proteção e Segurança Feminina, e Viabilidade dos Vestíveis. Foram identificadas inovações em mais de vinte países, com destaque para os Estados Unidos, seguido pela Índia e China. As pesquisas sobre a temática focam em melhorar a saúde e a segurança com soluções para grávidas, condições crônicas como hipertensão e diabetes e cuidados pré e pós-parto. Além disso, incentivam o design ergonômico e funcional dos dispositivos. As iniciativas também promovem a participação feminina no desenvolvimento tecnológico, capacitando-as em programação e design, e criando redes de apoio. Por fim, essas inovações oferecem maior segurança pessoal com dispositivos que ajudam em situações de perigo, promovendo autonomia e prevenção da violência. As contribuições da revisão sistemática trouxeram elementos importantes para a continuidade das investigações sobre a temática, uma vez que entendemos ser uma área emergente e com potencial inventivo de gênero na Computação.