Portal de Eventos do IFRS, 9º SALÃO DE PESQUISA, EXTENSÃO E ENSINO DO IFRS

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Desenvolvendo práticas mão na massa para produção de equipamentos para laboratório de ciências ambientais do IFRS campus Viamão
Augusto José Rodrigues da Silva, Iury Accordi, Belkis Chalup Silveira Roesler, Márcia Victória Silveira, Andréia Ambrósio

Última alteração: 28-12-2024

Resumo


Durante as aulas práticas do curso de Tecnologia em Gestão Ambiental do Campus Viamão, notou-se a necessidade de equipar o Laboratório de Ciências Ambientais (LACAMB) com agitadores magnéticos. A partir da premissa da aprendizagem criativa e do escopo do Curso de Tecnologia em Gestão Ambiental, lançou-se a proposta de ressignificar resíduos eletroeletrônicos para a construção dos agitadores magnéticos. O percurso metodológico baseou-se no Design thinking (DT), que adota técnicas intuitivas a partir de quatro princípios (empatia, colaboração, criatividade e otimismo). O DT colabora na condução da pesquisa ao se caracterizar como uma forma sistematizada e não linear de se pensar e de solucionar diversos problemas de forma coletiva e colaborativa. Nesse sentido, reuniões quinzenais, visitas ao Laboratório Maker do IFRS Campus Porto Alegre (POALAB) e avaliação/feedback a cada etapa de desenvolvimento, foram adotadas para a concretização da proposta do trabalho. O projeto obteve resultados positivos, com a construção de um protótipo funcional de agitador magnético para o LACAMB. Durante a produção do protótipo, o motor foi ajustado para equilibrar potência e segurança e ímãs de neodímio para assegurar a agitação constante. A impressão 3D foi fundamental para criar peças precisas, embora ajustes tenham sido necessários devido a limitações da impressora. Inicialmente, uma estrutura de madeira foi utilizada, mas foi substituída por uma de plástico, resultando em maior estabilidade. Apesar dos desafios, como o desprendimento de fios e problemas com o uso de cola plástica, soluções como a soldagem e a substituição de materiais trouxeram melhorias ao protótipo. Além disso, produziu-se uma cartilha digital detalhando o processo, contribuindo para a replicação do equipamento. O agitador final atendeu às expectativas, beneficiando o laboratório e promovendo uma abordagem sustentável e inovadora no reaproveitamento de resíduos eletrônicos. O protótipo final, após várias alterações e testes, mostrou-se funcional e seguro, atendendo às expectativas. A utilização da impressora 3D foi crucial para o sucesso do projeto, permitindo a criação de peças precisas e ajustáveis. Devido às intempéries climáticas não foi possível produzir quantidades expressivas para abastecer o laboratório, bem como reproduzir com resíduos eletroeletrônicos, devido à contaminação proveniente da enchente que assolou o estado do Rio Grande do Sul. Além disso, ficou evidente a oportunidade/necessidade de continuidade do projeto, em novos editais, adicionando desafios como a produção dos próprios filamentos para impressora 3D; novos equipamentos (como mesa agitadora orbital) e aquisição de novas impressoras com refinamento nos detalhes finos.

Palavras-chave


agitador magnético, sustentabilidade, design thinking

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