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O Projeto de Extensão “Mulheres em Ação Veranópolis” foi criado com o objetivo de enfrentar as desigualdades de gênero, promovendo o empoderamento e a autonomia de mulheres em situação de vulnerabilidade social. Em 2024, o projeto foi elaborado de modo a englobar jovens mulheres em fase escolar por meio da parceria com a Escola Estadual de Ensino Médio São Luiz Gonzaga, em Veranópolis, visando oferecer oportunidades de desenvolvimento pessoal, fortalecimento da autoestima feminina e conscientização sobre direitos e combate à violência contra a mulher por meio de oficinas e rodas de conversa. A justificativa para o projeto reside na necessidade de superar barreiras estruturais que limitam o acesso das mulheres a oportunidades econômicas, educacionais e de liderança. A relevância do projeto está em seu enfoque na equidade de gênero e na contribuição para o fortalecimento da autoestima das participantes. A metodologia utilizada inclui, inicialmente, a capacitação de um bolsista por meio da leitura de obras sobre desigualdade de gênero, em específico as obras: “Sejamos Todos Feministas” de Chimamanda Ngozi Adiche, “Teoria Feminista: da Margem ao Centro” de Bell Hooks e “Pensamento feminista hoje: perspectivas decoloniais” de Ochy Curiel, e empoderamento feminino. Em seguida, foi realizado um convite para as estudantes da escola parceira participarem de oficinas sobre direitos das mulheres e autoestima, temas votados pelas próprias alunas na ocasião do convite. Este foi apresentado em forma de sarau, onde a bolsista cantou junto ao grupo do IFRS - Campus Veranópolis músicas relacionadas com a temática da violência contra a mulher, o seu empoderamento e a sua força. Foram selecionadas letras de cantoras batalhadoras do país, sendo elas: “Pra todas as mulheres” de Mariana Nolasco, “Maria, Maria” de Elis Regina, “Amarelo, azul e branco” de ANAVITÓRIA e Rita Lee e “Maria da Vila Matilde” de Elza Soares. Os resultados parciais, no entanto, apontam para um desinteresse das alunas da escola em participar das atividades. Entre os fatores identificados para a falta de interesse estão a inflexibilidade de horários ofertados pela escola parceira para a realização do Projeto, a falta de interesse das estudantes por se tratar de momentos de estudo e reflexão em horário extra classe, e o desconhecimento das estudantes sobre temas ligados às mulheres, como as teorias feministas, muitas vezes vistas de forma negativa no contexto cultural em que estão inseridas. As conclusões preliminares destacam a urgência de desconstruir estigmas e preconceitos em torno do feminismo e de seus temas. Para aumentar a participação nas oficinas, será necessário apresentar o feminismo de forma positiva no cotidiano das estudantes, evidenciando sua importância na luta por direitos e na construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

Empoderamento Feminino; Feminismo; Direito das Mulheres.