Última alteração: 10-03-2025
Resumo
O projeto de extensão, Eu sou o Samba o Ritmo da Resistência como Instrumento Educativo, na perspectiva de uma estudante racializada e voluntária, nos apresenta um samba que não é apenas entretenimento, mas sim um ambiente para discutirmos questões sociais e políticas dentro do IFRS câmpus Alvorada à comunidade, elevando o gênero ao status de uma filosofia de vida e de resistência cultural. Para nós, o samba vai muito além de uma expressão musical e um tipo de recreação. Ele também é um meio para discutirmos desigualdade social, racismo e a busca por justiça. É resistência, transgressão, mas também tem se apresentado como acolhimento. Por meio de suas letras e ritmo, ele expressa a realidade das periferias, a luta por dignidade, identidade e a valorização da cultura negra no Brasil. Além do aspecto político abordado na execução do projeto através dos grupos de estudos, o samba é encarado como uma fonte de alegria e celebração. Assim, no decorrer de sua execução no IFRS Câmpus Alvorada as rodas de samba, no carnaval e em festas populares, o samba traz um senso de pertencimento, unindo diferentes gerações e camadas sociais. A alegria presente no ritmo e nas melodias do samba é uma forma de resistência e resiliência diante das dificuldades da vida cotidiana, reafirmando o poder da cultura popular em criar espaços de coletividade e felicidade. Objetivando dar luz a importância do samba e contribuir com o processo de empoderamento da população afro-gaúcha, o projeto Eu sou o samba tem sido central na difusão do ritmo filosofia de vida, na qual a cultura, a história e a luta de um povo são celebradas e principalmente defendidas. As oficinas de ritmo tem demonstrado esse resultado, com participação cada vez mais ativa da comunidade, embora ainda não tenhamos uma conclusão a respeito da sua incidência, há um indicativo de que o mesmo tem cumprido seu papel social.