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As conexões afetivas virtuais do Programa Pertencer: outros encontros para além da presencialidade
Isabela Lopes da Cunha, Camila Vessozi da Silva

Última alteração: 20-12-2024

Resumo


O Programa Pertencer - Acolhimento, Escuta e Integração em Assistência Estudantil no IFRS Campus Osório configura-se a partir de um conjunto de atividades com a intenção de criar conexões afetivas entre os jovens estudantes do Ensino Médio Integrado e os servidores da instituição, tanto no ambiente escolar quanto nas redes sociais. Neste trabalho, contextualizaremos parte da experiência virtual do Programa, a qual iniciou por uma necessidade do contexto pandêmico, mas seguiu como um contexto fundamental de interlocução entre a comunidade do campus. Atualmente, o uso da rede social Instagram e do usuário pertencer_ifrsosorio repercute em uma possibilidade de aproximação das dinâmicas do campus às vivências em rede, assim como com temas do momento. O objetivo principal, portanto, é aproximar os estudantes por meio de experiências digitais que reflitam vivências escolares e até mesmo familiares, de modo a romper também com barreiras de comunicação. A proposta busca fortalecer o sentimento de pertencimento e a identidade escolar dos alunos, criando um espaço seguro e acolhedor. Além disso, volta-se ao desenvolvimento de habilidades sociais e comunicativas junto aos estudantes participantes, permitindo que eles expressem seus sentimentos e interajam de maneira mais efetiva. Metodologicamente, a prática é desenvolvida por meio de postagens dinâmicas e envolventes no Instagram, com uma abordagem de "aluno para aluno", orientada pelas tendências do momento (trends). Os estudantes são os responsáveis por apresentarem ideias de interação, desenvolverem e acompanharem as intervenções do Programa realizadas no campus e por alimentarem o conteúdo da conta de Instagram, o que cria um ambiente autêntico e representativo de suas vivências. As postagens abordam temas do cotidiano escolar de forma descontraída e acessível, incentivando a participação ativa dos discentes. Este modelo de trabalho é fundamentado na ideia de que os próprios estudantes, ao compartilharem suas experiências, criam um espaço virtual onde se reconhecem e se sentem parte de uma comunidade. Embora a utilização da conta tenha iniciado em 2020, alguns dos maiores resultados, em termos de alcance, estão sendo observados em 2024. Pelo que se analisa, o alcance das publicações quadruplicou neste ano, somando, até o momento, mais de 8.000 visualizações em apenas cinco postagens, e isso de forma orgânica. Esses dados demonstram que a interação promovida pelo Programa não apenas aproxima a comunidade escolar, mas também transforma a percepção dos estudantes sobre a escola e suas interações sociais. A dinâmica de uso também evidencia o impacto positivo da relação entre juventudes e tecnologias, e a intenção é continuar desenvolvendo essa abordagem, ampliando as possibilidades de interação e pertencimento entre os estudantes.

VIANA, M. L. Estéticas, experiências e saberes: artes, culturas juvenis e o ensino médio. In: DAYRELL, J.; CARRANO, P.; MAIA, C. L. (Org.). Juventude e Ensino Médio. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2014. p. 249-268.


Palavras-chave


Escola; Interação; Juventudes; Pertencimento; Redes Sociais.

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