Portal de Eventos do IFRS, 9º SALÃO DE PESQUISA, EXTENSÃO E ENSINO DO IFRS

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Respostas produtiva do Azevém perene, Dátilo e Festuca sob desfolhação intermitente na região do Planalto Médio do Rio Grande do Sul.
Joao Vitor de Oliveira Piccinini, Jorge Nunes Portela, Isabela Figueira dos Santos, Jonas Cassanego Kern, Hernani Alexandro Dill, Fabricio Broch, Paulo Henrique Barp, Elisabete de Marco, Maria Tereza Bolzon Soster

Última alteração: 28-12-2024

Resumo


A oferta de forragem sustentável ao longo do ano é uma preocupação constante para os produtores do Sul do Brasil e estritamente associada a metas de produtividades dos rebanhos. Nesse contexto, a utilização de gramíneas perenes de clima temperado no planejamento forrageiro contribui com a produção de forragem de elevado valor nutritivo em períodos críticos e de transição entre as estações, como outono/inverno e primavera/verão, somado a persistência das pastagens por alguns anos. O projeto está avaliando a produção de forragem em cultivares de azevém perene, Dátilo e Festuca sob desfolhação intermitente na região do Planalto Médio do Rio Grande do Sul. O experimento ocorre na área agrícola do Setor de Bovinocultura de Leite do IFRS-Campus Sertão. Os tratamentos incluem três espécies forrageiras: Azevém perene (Lolium perenne), Dátilo (Dactylis glomerata) e Festuca (Festuca arundinacea Schreb), organizados em um delineamento casualizado com quatro repetições. As parcelas são separadas por corredores para facilitar o manejo dos animais. A semeadura das cultivares foi realizada em 7 de junho de 2023, seguida pela adubação com fósforo, potássio e nitrogênio em 28 de junho. Durante a fase inicial, houve competição com plantas invasoras, necessitando do uso de herbicidas seletivos, que afetaram mais a cultivar Festuca. A altura do dossel é monitorada a cada três dias e os pastejos ocorrem quando as cultivares atingem 25 cm na entrada e ao término dos pastejos 8 cm na saída. A avaliação da densidade de perfilhos, rendimento e composição morfológica da forragem é realizado no pré-pastejo. Para análise dos dados as três espécies forrageiras foram avaliadas cinco períodos primeiro (21/06/2023); segundo (21/07/2023); terceiro (21/08/2023); quarto (21-09-2023); e quinto (21/10/2023). A taxa de crescimento vertical do dossel (TCV) foi superior para as cultivares Azevém e Dáctilo e expressa com maior intensidade no quarto período e a densidade de perfilhos foi superior para a cultivar de Azevém e menor para o Dáctilo. Os dois parâmetros TCV e Densidade de perfilhos em interação responderam com maior acúmulo de forragem (AF) no quinto período. O AF foi crescente do primeiro ao quinto período com taxas de 22,26; 22,26; 33,17; 74,32; e 62,75 kg de MS/ha/dia. A persistência das plantas na área de pastagem foi visualmente identificada no final da primavera de 2023 e verão de 2024 na cultivar de Dáctilo, sendo que a Festuca e Azevém não foram observadas plantas vegetativas. O critério de altura de dossel forrageiro (Frequência de 25 cm; Intensidade de 8,0 cm) utilizados para realizar os pastejos possibilitaram uma arquitetura, composta praticamente somente por folhas em expansão e expandidas, componentes de elevado valor nutricional. O projeto possibilitou vivências práticas a estudantes de Cursos Técnico, de Graduação e Pós-graduação; e de extensão a agricultores (as) e de banco de dados para a pesquisa.



Palavras-chave


Forragicultura, Altura de pastejo, Inverno.

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