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O capim-elefante (Pennisetum purpureum Schum.) é uma planta forrageira estratégica nos sistemas de produção pecuária, por proporcionar elevadas produções de forragem, em alguns casos supera 30 t de matéria seca por hectare/ano. Essa forragem, se for produzida considerando as premissas de estrutura de dossel para elevada produção de folhas no sistema de produção, pode representar elevada produção de leite e peso corporal por unidade de área. A eficiência alimentar nesses casos pode chegar a 1,5 a 2,0 kg de leite produzido por kg de forragem. O projeto tem origem em um trabalho iniciado em 1970 pela Embrapa em MG, com seleção em mais de 300 materiais, na década de 1980 selecionaram 10% desses materiais edistribuíram pelos estados brasileiros. No RS, mais especificamente na UFSM chegaram 27 materiais que foram submetidos a protocolos de avaliação e selecionaram três materiais e uma testemunha. Nos anos de 1990 a 2005 esses materiais foram avaliados sobre condições de pastejo em uma área de quatro hectares, onde o CV. Merckeron Pinda obteve resposta superior. Em 2018 o cultivar foi implantado em área experimental do IFRS Campus Sertão com o propósito de demonstrar a oportunidade de forrageamento de rebanho sob pastejo com lotação rotacionada. A dinâmica adotada ao receber os visitantes foi a exposição dialogada mostrando in loco a planta como uma alternativa de forrageamento que estende ciclo da primavera ao outono, permitindo elevar a taxa de lotação e o desempenho por animal. As respostas no laboratório de aprendizagem a campo com MerckeronPinda foram apresentadas a 126 estudantes de Cursos Técnicos em Agropecuária, integrado e subsequente ao ensino médio, 60 estudantes de Graduação em Zootecnia, Agronomia e Agronegócio, quatro pós-graduando, a oito professores, quatro técnicos e 12 agricultores. De uma forma geral, o público demonstrou surpresa com as respostas possíveis de serem obtidas com o MerckeronPinda, em um período do ano em que a terra é muito demandada para a produção de milho e soja na região. A estratégia de pastejo tendo como critério a altura entre 80 a100 cm para início e término com 30 a 40 cm tem permitido a produção de forragem com elevada valor nutricional e aceitação pelos animais. Essa condição torna real muitas abordagens teóricas trabalhadas em disciplinas dos diferentes cursos que visitaram o projeto. Um ponto a ser melhorado, passa por aumentar os momentos de diálogo com agricultores (as) e comunidade do IFRS Campus Sertão sobre essa nova leitura da cultivar de capim-elefante, como peça para o planejamento forrageiro, que garante a possibilidade de pastejos com ciclo da primavera ao outono.

Capim-elefante; Pastejo; Rotativo