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ENVELHECER NOS TERRITÓRIOS
Última alteração: 27-02-2025
Resumo
Este trabalho apresenta o Programa Envelhecer nos Territórios, adotando uma abordagem qualitativa e descritiva, que analisa documentos relacionados ao projeto e sua produção de dados. Criado em parceria entre o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania e o IFRS, o programa visa traçar um perfil da população idosa no Brasil, buscando promover inclusão, garantia dos direitos humanos e melhorar as condições de envelhecimento. Dentre os treze municípios escolhidos para a fase piloto, o Rio Grande (RS) se destaca, ocupando a décima primeira posição em pior qualidade de vida para a população idosa, com o IFRS - Campus Rio Grande atuando como apoio na sua implementação. O programa também envolve a formação de agentes de direitos humanos focados nos direitos dos idosos, que realizam visitas domiciliares para identificar necessidades e violações. Durante a calamidade que afetou o Rio Grande do Sul em maio deste ano, uma nova vertente do programa foi criada: o Envelhecer nos Territórios: SOS RS. Essa iniciativa visa monitorar a situação dos idosos durante a crise climática e oferecer suporte nos abrigos, com foco nas vulnerabilidades identificadas. Atualmente, o programa está atuando em 28 municípios do estado. Em Rio Grande, foram monitoradas as Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs) e acompanhados mais de 60 idosos desabrigados, com o objetivo de estabelecer um panorama geral e entregar um relatório parcial de suas situações. Após os encaminhamentos finais do Envelhecer SOS RS, o programa tradicional começou ativamente no segundo semestre, com a formação de 40 agentes que trabalharão no território ao longo de um ano, através de uma formação inicial teórica, em um curso de 40 horas. Na sequência, será realizada a formação prática de 920 horas, o que permite que os agentes atuem em campo e façam visitas aos domicílios de 6000 idosos do município, em busca de traçar um perfil dessa população. Essa iniciativa busca garantir os direitos e o bem-estar dos idosos, contribuindo para um envelhecimento mais digno e saudável. As ferramentas e análises do Geoprocessamento desempenham um papel fundamental neste projeto, pois permitem a criação de indicadores que identificam áreas ou localidades em maior vulnerabilidade e que, por isso, devem receber atendimento prioritário. Durante as visitas dos agentes ao território, é feita a coleta de dados por meio da aplicação de questionários padronizados, visando o mapeamento e a geração de indicadores. Com as respostas dos questionários, são elaboradas planilhas que facilitam a organização das informações e a produção de infográficos. É possível georreferenciar esses dados usando o QGIS para a criação de mapas temáticos, com o suporte do Google Earth Pro.
Palavras-chave
Envelhecer; Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania; Agentes de Direitos Humanos.
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