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Produção de mudas de mirtilo no IFRS Campus Ibirubá através da micropropagação
Karen Nayara Durigon, Daniela Batista dos Santos, Gabriela Cecília Gheno, Yan Cherubini da Silva, Franciéli Maria Schneider

Última alteração: 28-12-2024

Resumo


O mirtilo (Vaccinium spp.) pertence ao grupo de pequenos frutos, destacando-se pela alta presença de compostos antioxidantes. Trata-se de uma frutífera arbustiva com grande potencial adaptativo na região Sul do país, que, por carecer de conhecimentos a respeito do seu cultivo, é pouco difundida comercialmente. A disponibilidade de mudas de qualidade é um dos fatores que dificulta o cultivo do mirtilo, principalmente devido ao fato que: i) assexuadamente, as estacas apresentam crescimento inicial lento,  baixo índice de sobrevivência e enraizamento; ii) sexuadamente, as sementes apresentam tamanho diminuto e índices germinativos baixos. Neste cenário, a propagação in vitro possibilita, em curto espaço de tempo, produzir de forma massal, plantas sadias e com alta qualidade, sendo uma excelente opção para originar uma grande quantidade de mudas com características desejáveis. Assim, este trabalho busca propagar a cultura do mirtilo, de forma vegetativa por meio da micropropagação,  visando produzir mudas de qualidade, com bom desenvolvimento em pouco tempo. Para esse estudo, foi necessário a implantação de um Laboratório de Propagação Vegetal no IFRS Campus Ibirubá,  criando um ambiente restrito, com condições de iluminação e temperatura controlada para as plantas se desenvolverem, a fim de tornar possível a prática de micropropagação. Será avaliado o efeito de meios de cultura (concentração de reguladores de crescimento como auxinas e citocininas) sobre a propagação de explantes dos cultivares Bluegem e Clímax, analisando o desempenho dos explantes durante a fase de multiplicação sob diferentes doses de citocinina 6-Benzilaminopurina (BAP): 0; 0,5; 1,0; 2,0 e 4,0 mg.L-1, hormônio essencial para a quebra da dominância apical e indução de gemas axilares. O delineamento experimental utilizado será o inteiramente casualizado, organizados em um esquema fatorial 2x5 (2 cultivares x 5 concentrações), com 10 tratamentos e 8 repetições, totalizando 80 unidades experimentais. Serão avaliados porcentagem de sobrevivência (coloração dos explantes), número de gemas, número de folhas, número de brotações e porcentagem de formação de calos, a cada sete dias, além do comprimento médio dos explantes aos 60 dias. Os dados coletados serão submetidos a análise de variância pelo Teste F e análise de regressão. As médias dos tratamentos serão comparadas estatisticamente pelo teste de Scott Knott a 5% de probabilidade de erro. Com isso, o IFRS Campus Ibirubá contará com a possibilidade de realizar cultura de tecidos, em especial a micropropagação, disponível em poucas instituições de ensino, mas que possui grande importância no âmbito da propagação vegetal de plantas e produção de mudas. Além disso, será possível obter mudas de espécies de difícil propagação, e disponibilizá-las para estudos e comunidade interna e externa. Esse projeto é uma forma de incentivo, especialmente, aos produtores rurais da região do Alto Jacuí, interessados em cultivar esta frutífera altamente rentável.


Palavras-chave


Propagação vegetal. Cultura de tecidos. Fruticultura.

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