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Nesta pesquisa, exploramos as relações entre a Educação Matemática e as questões sociais de identidade de gênero e sexualidade com o intuito de elaborar materiais educativos e práticas pedagógicas. Os espaços escolares refletem a estrutura da sociedade patriarcal e possuem padrões que levam à violência e a violações contra as pessoas LGBTQIAPN+. Com isso, podem surgir propostas de transformação dessas realidades através da educação, que é um caminho para impulsionar a construção de relações que afirmam a diversidade e a justiça de gênero. Porém, a matemática ainda se apresenta como uma ciência exata e, por isso, neutra, o que leva a uma Educação Matemática supostamente apolítica, produzindo um ambiente desafiador para as diversidades LGBTQIAPN+. Além disso, o distanciamento em relação às questões sociais colabora para a perpetuação de desigualdades e preconceitos que podem ocorrer dentro e fora da sala de aula de matemática. Por isso, neste estudo, temos o objetivo de investigar relações e possibilidades entre as questões de gênero, de sexualidades e a Educação Matemática. Com isso, visamos contribuir para um ensino que seja crítico à realidade, por meio de uma prática pedagógica diversa, humana, acolhedora e contra a violência. A metodologia adotada consiste, num primeiro momento, em uma pesquisa exploratória e bibliográfica, a fim de construir bases teóricas para a problematização das temáticas e para o desenvolvimento de atividades. A pesquisa exploratória está sendo realizada a partir da Educação Matemática Crítica, como Ole Skovsmose; da Educação em Direitos Humanos; dos estudos de gênero, como Guacira Lopes Louro, Berenice Bento e Heleieth Saffioti e; de pesquisas que problematizam e propõem ações para as relações entre Educação Matemática e a diversidade LGBTQIAPN+. A partir dos fundamentos teóricos e metodológicos construídos com a pesquisa exploratória, serão desenvolvidas propostas de atividades e práticas pedagógicas que possibilitem a discussão da temática de gênero em aulas de Matemática e que as tornem mais inclusivas e diversas. Como resultados parciais, o estudo exploratório tem demonstrado a urgência em compreender a esfera política da Educação Matemática, que deve ocorrer por meio de um ensino situado na vida, ou seja, em questões sociais. Além disso, no estudo também compreendemos que uma Educação Matemática politicamente consciente deve se preocupar com os processos que influenciam a formação das identidades das pessoas estudantes, além da formação de pessoas cidadãs críticas e atentas às injustiças. Para isso, é necessário romper com os processos normalizadores que ocorrem nos espaços escolares e transformá-los, apresentando a diversidade e o respeito como uma nova cultura em relação às questões LGBTQIAPN+. As compreensões, conceitos e relações construídas a partir do estudo bibliográfico propiciam a continuidade da pesquisa ao permitir uma construção crítica de atividades problematizadoras para a aula de Matemática.

Educação Matemática; diversidade; pessoas LGBTQIAPN+.