Portal de Eventos do IFRS, 9º SALÃO DE PESQUISA, EXTENSÃO E ENSINO DO IFRS

Tamanho da fonte: 
Espaço didático: Mandala de plantas medicinais
Thaís Camila Griebler, Raquel Lorensini Alberti

Última alteração: 19-12-2024

Resumo


Os saberes relacionados às plantas medicinais são aqueles cultivados através dos tempos pelos povos e comunidades tradicionais por meio das interações entre si, destas populações, e com a biodiversidade. O objetivo deste trabalho, além de socializar o saber popular sobre as plantas medicinais utilizadas pela comunidade do município de Ibirubá e região é a construção de uma mandala de plantas medicinais no Horto da Biodiversidade do Campus Ibirubá, como espaço didático de socialização, multiplicação e permuta de mudas e dos saberes populares. Essa estratégia trouxe crescimento econômico, que apenas se preocupa com os lucros na garantia de manter os privilégios de bem-estar social de uma parcela muito pequena da humanidade, deixando a outra parcela mais populosa excluída das condições mínimas de sobrevivência. Sendo assim, justifica-se o presente trabalho, uma vez que o mesmo contribui para ampliar as discussões acadêmicas referente a temática, refletindo sobre aspectos relacionados ao conhecimento popular, ambiente e saúde. O impacto decorrente da utilização das plantas medicinais desvela a necessidade de constante intercâmbio de saberes, em perspectiva interdisciplinar, fortalecendo seu núcleo de ação. No âmbito do projeto, diversas atividades foram realizadas para promover o uso e o conhecimento das plantas medicinais. A primeira etapa envolveu a capina do horto, onde foram removidas ervas daninhas para garantir um ambiente saudável para as plantas. Essa atividade foi fundamental para preparar o solo e otimizar o espaço de cultivo. Em seguida, a poda das plantas foi executada, visando estimular seu crescimento e melhorar a produção de folhas e flores. Essa prática é essencial para manter as plantas saudáveis e produtivas, permitindo que recebam melhor luz e nutrientes. O plantio de mudas também foi um momento importante, com foco na introdução de diversas espécies no horto. Dentre elas, destacam-se a cana-de-açúcar e a moringa, ambas conhecidas por suas propriedades medicinais e nutricionais. Essas plantas não apenas enriquecem a biodiversidade do espaço, mas também oferecem oportunidades para aprendizado sobre suas utilizações. A ação principal do projeto, é confecção de uma mandala, que está em fase de construção. Essa mandala não só serve como um elemento estético, mas também simboliza a interconexão entre as plantas e os saberes tradicionais. Ela se torna um ponto de encontro e reflexão sobre a importância da biodiversidade. Para aumentar a visibilidade do horto e compartilhar experiências, foi criado um Instagram dedicado ao Horto da Biodiversidade. Essas atividades não apenas contribuem para a preservação e valorização das plantas medicinais, mas também fomentam um ambiente de aprendizado colaborativo e troca de saberes entre os participantes.

 


Palavras-chave


Saberes; Mulheres; Agroecologia.

Texto completo: PDF