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De acordo com a Associação Nacional de Equoterapia (ANDE Brasil), entende-se por equoterapia, todas as práticas que utilizam o cavalo em técnicas de equitação e atividades equestres, visando a reabilitação e a (re)educação de pessoas com deficiência e/ou com necessidades especiais. O projeto “Promovendo o Desenvolvimento Integral de Indivíduos com Necessidades Especiais por meio da Equoterapia” desenvolvido pela APAE de Getúlio Vargas/RS busca proporcionar um atendimento terapêutico e educativo diferenciado para pessoas com deficiência, alunos da Escola da APAE/GV. A equoterapia, como método de reabilitação e desenvolvimento, utiliza a relação homem-cavalo para estimular aspectos físicos, emocionais, cognitivos e sociais dos praticantes, contribuindo para a superação de desafios e promovendo uma maior integração social. Além dos benefícios físicos, como melhoria do equilíbrio, coordenação motora e tônus muscular, a equoterapia também promove o desenvolvimento emocional e social dos praticantes, fortalecendo a autoconfiança, a autoestima e a capacidade de comunicação. Através das atividades propostas, os praticantes são incentivados a interagir com o ambiente, com os animais e com os profissionais, o que contribui para a construção de vínculos afetivos e o desenvolvimento de habilidades socioemocionais. O objetivo está em atender crianças, adolescentes e adultos da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) do município de Getúlio Vargas/RS por meio de sessões equoterápicas semanais, nas quintas feiras, nos turnos diurnos. O centro de equoterapia disponibiliza, para os atendimentos, a infraestrutura (picadeiro coberto e externo), materiais para as atividades (bolas, bambolês, escovas, cones, etc), cavalos mansos e treinados e os bolsistas do projeto que atuam, durante as sessões, principalmente como guias dos equinos. Em contrapartida, cabe à APAE de Getúlio Vargas/RS fazer a seleção dos praticantes, (atualmente 12 indivíduos) e proporcionar a equipe de profissionais (educadora física, fisioterapeuta, psicóloga e pedagoga) responsável pelo acompanhamento dos praticantes, planejamento e execução das atividades desenvolvidas nas sessões, que são individuais, com duração de 15 à 30 minutos, de acordo com as necessidades de cada praticante. Ainda, é incumbência da entidade atender o transporte dos praticantes e da equipe de profissionais até o Centro de Equoterapia, local das atividades. Desde o primeiro contato com o animal, aproximação e escovação, até a montaria propriamente dita, o praticante desenvolve e/ou melhora formas de socialização, autoconfiança e autoestima e observa-se neles o aprimoramento da coordenação motora, estimulação tátil, visual e auditiva, interação social, melhora no equilíbrio e na postura, durante e após as práticas. Dessa forma, o projeto assume um papel transformador no contexto da APAE de Getúlio Vargas/RS, atuando não apenas como uma prática terapêutica, mas também como um espaço de inclusão, aprendizado e crescimento para indivíduos com necessidades especiais e suas famílias.

Bem-Estar;Equoterapia;APAE.