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A Logística e os desastres naturais e humanos: o papel da Logística Humanitária
Evelyn de Farias da Silveira, Fabiane Cristina Brand, Tatiane Pellin Cislaghi

Última alteração: 27-12-2024

Resumo


Com o aumento na ocorrência de emergências humanitárias e desastres, naturais ou causados pelo homem, surge a necessidade de auxiliar adequadamente às localidades afetadas. Para tal, faz-se necessário o planejamento e uso correto de técnicas de Logística. Dessa forma, a ajuda humanitária poderá ser mais eficaz e eficiente durante as crises. Essa maneira de pensar é denominada Logística Humanitária (LH), cuja investigação tem aumentado nos últimos anos. A LH é uma área gerencial que contempla uma diversidade de atividades, atores e recursos para enfrentar uma crise ao atender, minimizar e mitigar o impacto e as consequências de desastres. Durante e após uma crise, a população afetada necessita de auxílios em diversas atividades, como, por exemplo: entrega de alimentos, medicamentos, itens de saneamento básico, transporte de feridos e/ou mortos e a retirada de escombros. Essas atividades requerem esforços das partes envolvidas nas operações de gerenciamento de desastres. A pesquisa limita-se ao estudo dos desastres naturais, eventos adversos resultantes de processos naturais da terra que deixam marcas nas localidades afetadas com danos materiais, assim como mortes, ferimentos e outros impactos nas pessoas, além de prejuízos econômicos na região e no país. Nesse estudo visa-se entender como podem ser definidas as prioridades no caso de uma emergência humanitária diante de um desastre natural, como uma enchente. O objetivo é analisar como a LH, diante de sua gama de atividades, atores e recursos, pode ser um diferencial nas fases de resposta e recuperação para os envolvidos em casos de desastres naturais, mitigando o impacto e as consequências desses eventos. A gestão de desastres inclui quatro fases: (i) mitigação - esforços a longo prazo para evitar o desastre; (ii) preparação - ações anteriores à ocorrência do desastre; (iii) resposta - ações posteriores; e (iv) recuperação - ações voltadas à restauração das pessoas e localidades afetadas. Como metodologia, a pesquisa possui duas fases: Revisão Sistemática da Literatura (RSL) e Estudo de Caso. A primeira iniciou com leituras prévias sobre o tema e definição de palavras-chave para a busca de artigos na base de dados Web of Science, gerando, inicialmente, 1.424 títulos. Após o refinamento da busca, com critérios de inclusão e exclusão, restaram 211 artigos, os quais foram lidos os resumos. Destes, restaram 37 para análise final, que foram lidos na íntegra e serão utilizados para análise de dados e elaboração do instrumento de pesquisa para a segunda fase, que será o Estudo de Caso nos municípios de Bento Gonçalves, Santa Tereza e Faria Lemos, relacionado às enchentes de setembro e novembro de 2023 e abril-maio de 2024. Espera-se, com o estudo, contribuir com um instrumento/artefato de auxílio à gestão local de desastres naturais.


Palavras-chave


Gestão; Emergência Humanitária; Enchentes.

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