Última alteração: 20-12-2024
Resumo
Na sociedade atual, é notável a falta de incentivo à participação plena de pessoas com deficiência nos diversos âmbitos sociais, especialmente no que diz respeito ao acesso a uma educação de qualidade e inclusiva. Historicamente, as pessoas neuroatípicas eram excluídas da vida cotidiana e vistas como incapazes de viver com dignidade. Lamentavelmente, essa visão ainda persiste para muitos. Violência e preconceito continuam sendo uma realidade diária, perceptível em várias situações quando se observa o que ocorre ao nosso redor. Nesse contexto, o projeto apresentado busca fomentar a inclusão social, promovendo a interação entre a comunidade externa e os estudantes do campus. Para isso, utiliza-se tanto a criação de conteúdos digitais como a organização de documentos educacionais que promovam a inserção das pessoas neuroatípicas no ambiente escolar de forma natural e inclusiva. Um dos principais instrumentos para essa inclusão são os Planos Educacionais Individualizados (PEIs), que garantem que o ensino seja ajustado às necessidades específicas de cada aluno. Esses planos são fundamentais para a construção de uma comunidade acadêmica que ofereça oportunidades igualitárias a todos os estudantes, respeitando suas especificidades. O desenvolvimento do projeto foi baseado na análise detalhada dos PEIs produzidos e enviados pelos docentes, com o objetivo de adequar a educação a cada indivíduo. A metodologia adotada envolveu a conferência e organização desses documentos em planilhas e registros individualizados, levando em consideração a avaliação dos professores sobre cada estudante. Posteriormente, os principais tópicos referentes a cada disciplina foram compartilhados entre todos os envolvidos, o que proporcionou uma comunicação eficiente e um entendimento claro da situação escolar dos alunos. Esse trabalho abrange desde os Cursos Técnicos Integrados até os de Graduação no campus, o que reforça o direito de cada estudante a uma educação adaptada às suas necessidades, livre de qualquer forma de preconceito. Além do ambiente escolar, o projeto busca conscientizar a sociedade em geral, promovendo discussões sobre a importância da neurodiversidade. Utilizando as redes sociais do IFRS, foram realizadas postagens interativas e informativas, com cards explicativos, para sensibilizar e engajar a comunidade externa na causa da inclusão. Como resultado, observou-se um progresso notável no desempenho dos estudantes ao longo dos trimestres. A evolução intelectual e a constante melhoria proporcionada pelos PEIs, com aulas personalizadas, demonstram a eficácia dessa abordagem. No ambiente digital, houve grande engajamento da comunidade, com interações significativas e o compartilhamento de conteúdos com forte impacto social. Concluímos que o projeto trouxe resultados bastante positivos, alinhados aos seus objetivos de promover a acessibilidade no ambiente escolar. Além disso, a experiência gerou aprendizados valiosos para a bolsista sobre a importância de espaços verdadeiramente inclusivos, com igualdade de oportunidades para todos, contribuindo para o crescimento acadêmico e social dos estudantes e da comunidade como um todo.