Tamanho da fonte:
Agroecologia, Educação ambiental e Quintais produtivos
Última alteração: 26-02-2025
Resumo
O projeto “Agroecologia, Educação ambiental e Quintais produtivos”, realizado na Comunidade Quilombola da Arvinha em Sertão-RS, nasce a partir do projeto de Ensino “Bosque Educação Popular e Reforma Agrária” no Campus Sertão, e do projeto de Extensão “Agrofloresta, agroecologia e educação ambiental” realizado na comunidade Guarani Tekoa Arandu Verá em Erebango,RS, replicando a implantação de quintais produtivos e/ou mini bosque, adaptando a uma nova realidade, com suas singularidades culturais, possibilitando a construção e troca conjunta de conhecimentos e a busca pela sustentabilidade incluindo os fatores culturais, sociais, econômicos e ecológicos. Nessa perspectiva, são estudados conceitos que ultrapassam a visão unidimensional da agricultura, como Agroecologia, Permacultura, Agrofloresta e Quintais Produtivos, os quais são concebidos para a produção alimentícia e artesanal, em harmonia com a recuperação ambiental e uso mínimo de insumos químicos sintéticos, objetivando garantir a segurança alimentar e a educação ambiental da comunidade. Os processos são pensados ressaltando a sucessão vegetal e o gerenciamento de multicultivos adensados, com o máximo aproveitamento de recursos naturais e reciclagem de nutrientes, e considerando as interações entre o solo e plantas indicadoras. Os quintais se constituem em um espaço de árvores nativas (frutíferas e de madeira) que estão sendo implantados este ano, que são construídos juntamente da comunidade, e em contato com atores com outros atores (ONGs) estimulando a participação e engajamento coletivo, gerando o empoderamento da comunidade. Na metodologia pensada são realizadas reuniões mensais tencionando discussões temáticas com base científica e na vivência prática da comunidade. Nesta perspectiva o agroecossistema se torna resiliente mantendo o equilíbrio e sinergismo entre as espécies, trazendo a preservação e amplitude da biodiversidade como princípio, tendo a comunidade como geradora dos objetivos e atividades, construindo seu desenvolvimento, dessa maneira os projetos registram um processo contínuo notável assim como a construção de soluções que possibilitam a autossustentabilidade e a autonomia local. Pensando na expansão do projeto, houve a criação de um site retroalimentado com passo a passo e atividades dos projetos, buscando envolver o maior número de pessoas e servir de inspiração para outras instituições e comunidades, portanto, para o futuro dos projetos é relevante a continuidade das atividades e aprimoramento de conhecimentos aplicáveis, assim como o alcance do projeto, contribuindo para uma realidade com um desenvolvimento mais justo e equitativo, onde os atores constroem sua autonomia e segurança alimentar.
Palavras-chave
Agroecologia; Autossustentabilidade; Coletivo.
Texto completo:
PDF