Portal de Eventos do IFRS, 8º SALÃO DE PESQUISA, EXTENSÃO E ENSINO DO IFRS

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Ação extensionista como fomento à Aprendizagem Criativa
Artur de Oliveira Costa, Fernanda Antoniolo Hammes De Carvalho, Pedro Ferreira Da Silveira, Rafael Pereira Dos Santos, Cássia Pinheiro Silveira, Jéssica Januário dos Santos Villas Bôas, Ana Carolina Velloso De Almeida

Última alteração: 21-02-2024

Resumo


A criatividade é uma soft skill importante no mundo do trabalho, pois o sujeito criativo lida com situações problemáticas e toma decisões em prol de gerar soluções, num fluxo de pensamento. Personalidade, motivação, emoção, cognição e foco atencional afetam  a capacidade criativa, pois interferem na percepção, compreensão, reflexão e  capacidade crítica diante dos eventos. A educação é um meio de desenvolver o pensamento criativo dos estudantes e as práticas pedagógicas, ao encorajar os pensamentos flexível e divergente, torna o ambiente de aprendizagem favorável às condutas criativas. A Aprendizagem Criativa é uma abordagem pedagógica que busca desenvolver conexões pessoais na qual o professor cria um ambiente propício ao estímulo da criatividade, da imaginação e da colaboração, buscando, assim, despertar os interesses dos estudantes.Avanços tecnológicos disponibilizam meios novos para desencadear processos criativos e nessa direção,  oportunizar o desenvolvimento da criatividade constitui um dos objetivos do projeto Tecnomaker 4.0. A ação extensionista  promove iniciação tecnológica  através da programação, robótica educacional e modelagem 3D, propiciando a formação integral do estudante através do desenvolvimento de competências cognitivas, socioemocionais e tecnológicas. Alunos de 7º, 8º e 9º anos da rede pública de ensino fundamental do Rio Grande/RS compõem o público-alvo. Ressalta-se que esses estudantes adolescentes,  comumente, estão  imersos em circunstâncias escolares rigidamente estruturadas, influenciando negativamente a expressão criativa. O projeto envolve oficinas de 7 semanas, com uma aula de 3h por semana,  totalizando 21 horas.Ministrados por bolsistas, acontecem no contraturno escolar, no Centro de Integração Tecnológica (CITec), do IFRS Campus Rio Grande. Nas reuniões pedagógicas de monitoramento e avaliação do projeto, a reflexão e as observações de sala de aula permitiram analisar a expressão criativa dos estudantes. É perceptível que: alguns estudantes são mais criativos e inovam no uso da tecnologia, como PS, CC, JC,  a criatividade não é mantida em todas as atividades, como verificado nas produções de VE, D, J, M; as oficinas, centradas na Gamificação, colaboram para a criatividade; o processo criativo é indiferente ao gênero dos estudantes; estudante com necessidades especiais ou com dificuldade de aprendizagem, obtiveram resultados além do esperado, como PE; atividades em dupla favorecem o  conflito sociocognitivo na aprendizagem colaborativa e fomentam a criatividade; estudantes que compunham a  turma de menor faixa etária demonstraram comportamento mais agitado e motivado, tendo dificuldade de entrar em fluxo de pensamento, essencial para otimizar  o  processo criativo; momentos de maior criatividade dos alunos envolveram os módulos de programação e modelagem 3D. Provavelmente, pelo medo dos alunos de errar ao tentar manusear sozinhos o material complexo, a robótica foi o módulo menos explorado criativamente. Considerando a análise, é crível que o projeto Tecnomaker 4.0 oportuniza o desenvolvimento da criatividade dos participantes.

Palavras-chave


Criatividade; Educação; Tecnologia

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