Portal de Eventos do IFRS, 8º SALÃO DE PESQUISA, EXTENSÃO E ENSINO DO IFRS

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A desistência dos alunos em um curso de extensão na área tecnológica
Jéssica Januário dos Santos Villas Bôas, Serguei Nogueira Da Silva, Mairon De Araujo Belchior, Ana Carolina Velloso De Almeida, Cássia Pinheiro Silveira, Rafael Pereira Dos Santos, Artur De Oliveira Costa

Última alteração: 21-02-2024

Resumo


Considerando a frequência escolar, a assiduidade é um componente da conscienciosidade,  aspecto socioemocional que contribui fortemente para o sucesso acadêmico e profissional. A crescente ausência do estudante nas atividades educacionais pode levar à evasão, isto é, a desistência por parte do aluno que decide em um determinado momento parar de frequentar as aulas. Muitas são as razões para o abandono e dentre essas, fatores pedagógicos que impactam negativamente a motivação do estudante. Neste contexto, no Projeto de extensão Tecnomaker 4.0, cujo objetivo é oferecer subsídios na área da iniciação tecnológica introduzindo e integrando conhecimentos de programação, robótica e modelagem 3D para o ensino público do município de Rio Grande /RS, é realizado o monitoramento, avaliação e busca ativa dos participantes. O público-alvo são alunos dos 7ºᔆ ao 9ºᔆ anos do ensino fundamental. A execução das oficinas envolve 7 encontros semanais, no Centro de Integração Tecnológica (CITec), do IFRS Campus Rio Grande. As atividades são elaboradas e desenvolvidas por bolsistas estudantes do IFRS Campus Rio Grande sob supervisão dos coordenadores do projeto. O recorte do monitoramento e a avaliação do projeto que está em andamento, tendo como objeto as ofertas 1 e 2 permite identificar, respectivamente, um total de 93  e 127 alunos atendidos. Na oferta 1, 9  (9,6%)  evadiram, sendo 6 (66,6%) meninas e 3 (33,3%) meninos. Na oferta 2 houve um acréscimo na evasão para 21%, sendo 18 (66,6%) meninas e 9 (33,3%) meninos. No total, 36 alunos abandonaram a oficina e outros 32 não foram certificados por não alcançarem os 70% de presença exigidos. É possível apontar que majoritariamente as meninas deixam de comparecer à oficina. Na turma de maior evasão, observou-se que eram predominantemente meninas da mesma escola, caracterizando comportamento de bando. Uma análise da turma com menor número de alunos certificados sugere que, dentre as causas, podem estar a sequência de aulas interrompidas por feriados e questões climáticas. Interessa ressaltar que, geralmente, o primeiro contato com a robótica alavanca a desistência. Quanto às motivações para a evasão, foram identificadas as seguintes causas: mudança de cidade; demandas pessoais concomitantes com o horário da oficina; problemas pessoais; timidez diante do grande grupo; dificuldades de compreender o conteúdo. Importa destacar que os dois últimos elementos citados impactaram diretamente a motivação na aprendizagem. Conclui-se que esses resultados, em especial, são indicadores relevantes para a revisão e retomada de aspectos pedagógicos, como interação na sala de aula, recursos didáticos e competência comunicativa dos instrutores. Também identifica-se a necessidade de otimizar a busca ativa como estratégia de resgatar os estudantes que têm sua frequência diminuída, o que pode levar ao abandono da oficina.

Palavras-chave


Desistência; Monitoramento; Avaliação

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