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Oficina de dança “seja você mesma”: significados negociados a cada vivência
Isabela Oliveira Arjona Gonçalves, Marlon André da Silva, Antônia Mendonça da Silva

Última alteração: 16-12-2023

Resumo


Introdução: a oficina de dança “Seja você mesma” é uma das oficinas oferecidas pelo laboratório de práticas corporais no Campus Osório do IFRS. Sua criação está relacionada com um exercício de diagnóstico realizado nas primeiras aulas de Educação Física (EF) nas turmas de Ensino Médio ingressantes na instituição. A partir desse diagnóstico identificou-se que a dança – enquanto conteúdo da EF, não foi desenvolvida na maior parte dos currículos, alijando os alunos da significativa experiência oriunda dessa prática corporal. Assim, a oficina de dança “seja você mesma” tem como objetivo oferecer aos estudantes dos cursos do Ensino Médio Integrado, espaço e tempo institucionalizado para que possam experienciar, apreciar e se expressar a partir da dança; e, fortalecer os laços de pertencimento à instituição a partir da prática regular da dança. Acredita-se que além de preencher as lacunas de aprendizagem enquanto conteúdo da EF, a prática da dança contribui significativamente para que o aluno possa perceber-se e perceber o mundo. Metodologicamente as oficinas são ministradas pelas alunas voluntárias no projeto sob supervisão pedagógica do professor de EF. Ocorrem semanalmente no turno da tarde e sua abordagem está alicerçada nas diretrizes da Política de Educação Física, Esporte e Lazer do IFRS, prioritariamente no que se refere ao princípio educativo-formativo. Os resultados parciais evidenciam que distintas intencionalidades com a prática da dança encontram espaço na oficina, tais como: “minha intenção com a dança é de continuar e manter para sempre como uma atividade que eu realizo frequentemente”; “além dos benefícios físicos que pode me trazer, a dança também é uma forma de socialização que me aproxima das pessoas com quem eu estou praticando”, “a minha intenção com a dança é conseguir uma coordenação motora melhor e me exercitar além de apoiar o projeto das minhas amigas que desenvolveram algo que gostam”, “a minha intenção no projeto é fazer algo que eu gosto muito e desenvolver mais possíveis habilidade dentro da dança e aprender com pessoas que eu gosto também”. Considerações finais: avalia-se que as experiências propiciadas pela oficina de dança são únicas e qualitativas, pois ao respeitar distintas intencionalidades oportunizam distintos saberes que fogem ao controle instrumental. A dança na escola, como forma de significação sociocultural, cumpre então o papel de processo, e não de produto, de criação/recriação do homem e de seu mundo.


Palavras-chave


Dança; Educação Física; Significação sociocultural.

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