Portal de Eventos do IFRS, 8º SALÃO DE PESQUISA, EXTENSÃO E ENSINO DO IFRS

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Tecnomaker 4.0 como complemento da educação tecnológica de estudantes de ensino fundamental em Rio Grande/RS
Pedro Ferreira da Silveira, Raquel de Miranda Barbosa, Fernanda Antoniolo Hammes de Carvalho, Ana Carolina Velloso de Almeida, Cassia Pinheiro Silveira, Artur de Oliveira Costa, Jéssica Januário dos Santos Villas Bôas

Última alteração: 21-02-2024

Resumo


Atualmente o mercado de trabalho exige qualificação tecnológica, cabendo às escolas preparar os estudantes, propiciando essa capacitação. Nesse sentido, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) preconiza o desenvolvimento da competência 5, a qual envolve a compreensão, utilização e criação de tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.Os estudantes necessitam desenvolver competências tecnológicas sendo introduzidos ao meio digital de forma teórica e prática, para que possam trabalhar diferentes funções cognitivas e sejam capazes de usufruir de variados recursos tecnológicos de maneira crítica, criativa e autônoma.  Na perspectiva de complementar o currículo escolar na área tecnológica, o projeto Tecnomaker 4.0 é uma ação extensionista que tem como intuito promover a iniciação tecnológica através da robótica, da programação e da modelagem 3D, contribuindo para a educação integral de alunos do ensino fundamental II das escolas públicas da cidade de Rio Grande/RS. São realizadas oficinas semanais de 3 horas, com turmas de 30 alunos, ao longo de 7 semanas. As oficinas, que acontecem no Centro de Integração Tecnológica (CITec) no campus, são preparadas e ministradas pelos bolsistas estudantes do IFRS sob supervisão dos coordenadores do projeto. Do monitoramento e avaliação do projeto, acerca do conhecimento prévio dos participantes, é perceptível que dentre os 177 alunos atendidos até o momento, na área de programação 66 alunos (37,28%) não têm conhecimento, 61 (34,46%) têm pouco conhecimento, 34 (19,20%) têm conhecimento razoável, 16 (9,03%) têm muito conhecimento. Na área de robótica 5 alunos (2,82%) não têm conhecimento, 52 (29,37%) têm pouco conhecimento, 25 (14,12%) têm conhecimento razoável, 5 (2,82%) têm muito conhecimento. Na área de modelagem 3D, 108 alunos (61,01%) não têm conhecimento, 38 (21,46%) têm pouco conhecimento, 27 (15,25%) têm conhecimento razoável, 4 (1,12%) têm muito conhecimento. Importa destacar que, segundo os estudantes que têm algum conhecimento, as fontes de informação são os artefatos culturais e experiências junto a familiares que estudam ou trabalham na área de tecnologia e raramente a escola. Somado a esses dados, da reflexão pedagógica promovida nas reuniões de monitoramento e avaliação do projeto, emergem as seguintes percepções: que a maioria dos alunos participantes não possuem noções básicas de tecnologia e mostram que não tiveram contato com o mundo digital. Embora o preconizado na BNCC e a oferta de recursos tecnológicos às escolas, é possível inferir que existe uma lacuna no currículo escolar no âmbito da educação tecnológica e que nessa direção o projeto Tecnomaker é extremamente necessário.



Palavras-chave


Iniciação tecnológica; BNCC; Alfabetização digital

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