Autores: Charles da Silva Gomes, Maluza Gonçalves dos Santos, Marlise Paz dos Santos, Nathanael Azambuja Carvalho, Lucas Araújo Martins

Desde seu surgimento, o samba está para além de um ritmo musical, é uma forma de resistência cultural e política de negros e pobres no Brasil. Sendo assim, a utilização do samba como instrumento educativo, de transformação social e de fomento às pautas de grupos minoritários é uma estratégia eficiente e empoderadora. Sendo também um mecanismo de diversas manifestações sociopolíticas, os rumos do samba nos indicam as tendências a serem acompanhadas. Assim, o projeto de extensão Eu sou o Samba - O ritmo da resistência como instrumento educativo objetiva a reflexão sobre a relevância do samba como uma ferramenta de resistência e como ele tem se apresentado de forma educativa nas comunidades do território alvoradense, valorizando um fazer local e majoritariamente negro. Nessa perspectiva, o projeto ainda tem se apresentado de forma indissociável, não só no que diz respeito ao ensino, pesquisa e extensão, mas também unindo o saber popular ou produzido dentro dos espaços formais de ensino. Encontrando e integrando locais/grupos que realizam ações que envolvam o samba na cidade, temos essa potente conexão entre dois universos que precisam dialogar. Nesse sentido, tendo a indissociabilidade como norteador da ação, apresenta-se uma riqueza de vivências cada vez mais interligadas com aquilo que realmente faz sentido na formação de cada estudante contribuindo para a consolidação do samba como expressão cultural do município de Alvorada. Assim, pode-se concluir que o samba é instrumento revolucionário, não só por tudo que já foi justificado, mas também porque essa expressão cultural fez com que o grupo que executa o projeto juntamente com a comunidade refletisse e percebesse que a desenvoltura da ação leva o projeto à indissociabilidade. O alinhamento com a comunidade externa, o respeito à ancestralidade e aos saberes deste público alvo configura o que deve ser a essência da extensão, bem como o afinco no contato à bibliografia do projeto não deixa nada a perder para uma ação categorizada como pesquisa, além de estar contribuindo para os fazeres pedagógicos dentro de sala de aula dos estudantes envolvidos.