Última alteração: 21-02-2024
Resumo
É grande a quantidade de adolescentes que afirmam não ter o hábito de ler literatura. A segunda edição deste projeto busca continuar desenvolvendo estratégias para despertar este gosto. Envolvendo os alunos em leituras de contos e poesias, com apresentações artísticas dessas obras, o projeto promove conhecimento sobre os autores, leituras dos contos e acaba desenvolvendo habilidades de expressões oral e escrita. Estudantes do segundo e terceiro anos dos dois cursos técnicos integrados ao Ensino Médio, têm a oportunidade, nesta ação de extensão, de ampliar seus conhecimentos em diferentes áreas abordadas pela literatura, praticar a alteridade encenando as obras, e expandir a desenvoltura nas apresentações feitas no Câmpus e depois para estudantes das escolas municipais de Veranópolis. Grupos são formados e recebem um orientador; este elege um conto, ou poesia(s), de acordo com o perfil de seus orientandos; num cenário aconchegante, os estudantes recebem, numa bandeja, a obra que terão que encenar, com uma xícara de café com guloseimas; em uma semana, eles precisam responder ao orientador se aceitam o desafio de pensar numa forma de exposição artística do conto ou poesia(s). Sete grupos aceitaram participar desta edição e, desse cronograma, que neste ano, devem ocorrer aos sábados letivos, três já aconteceram. A primeira foi a do conto O Louco, de Khalil Gibran. Quatro estudantes do segundo ano do curso Técnico em Administração falaram sobre o quanto damos importância às “máscaras” do dia a dia, e o quanto é saudável quando conseguimos nos livrar delas. A segunda, tratou do poema Operário em construção, de Vinicius de Moraes. Um momento comovente foi quando o trabalhador entende e passa a defender os seus direitos sob o som de outro clássico relacionado, a música Construção, de Chico Buarque. Na terceira apresentação, estudantes do segundo ano do curso técnico Informática para Internet declamaram e encenaram, com vestes e elementos simbólicos, alguns poemas de Mário Quintana. Os demais grupos seguem com ensaios até os próximos dias de apresentações, previstas para os dias 23/09 e 07/10. Colegas de suas e de outras turmas têm prestigiado os trabalhos, mas também os servidores do Câmpus acabam se envolvendo com a organização, assistem e fazem críticas. O papel da arte é o de questionar, incomodar, desacomodar, humanizar, e tantos outros que poderiam levar ao verbo “cidananizar”, que bem poderia ter sido inventado, junto a tantos outros, pelo grande Guimarães Rosa. Espera-se, como resultado desta ação, que todos os envolvidos, estudantes do Câmpus e das escolas municipais, expandam suas mentes, seus conhecimentos e sua humanidade por meio do acesso a textos literários, suas releituras e encenações artísticas.