O projeto Monitoria de Educação Física foi criado em detrimento das demandas existentes para a disciplina de Educação Física no Campus Restinga, visto que essa disciplina possui forte vínculo com as práticas corporais e culturais dos estudantes e ocupa parte significativa de atividades exercidas em horários extracurriculares. Para implementar essas demandas os objetivos do projeto são instituir, a partir das práticas da Educação Física, ações educativas pautadas na discussão da inclusão, acompanhar didaticamente os estudantes com necessidades educacionais específicas na execução das atividades propostas nas aulas regulares de Educação Física, indicar ao NAPNE do Campus Restinga a demanda de materiais específicos para o desenvolvimento de atividades de ordem prática nas aulas de Educação Física, propor discussões que envolvam o corpo na contemporaneidade, oportunizar atividades corporais extracurriculares à comunidade acadêmica e proporcionar a apropriação do esporte, da ginástica e das atividades expressivas como elemento da cultura corporal do movimento humano. Esse projeto funciona com a implantação de espaços educativos inclusivos nas aulas de Educação Física do Campus Restinga. Esse espaço contempla a experiência corporal dos estudantes no compartilhamento dos diferentes elementos presentes na formação, como a integração social e cultural, as diferenças nos aspectos físico-esportivos, a aprendizagem que envolve o desenvolvimento motor, a sociabilidade e o processo de inclusão através da convivência e troca com os estudantes que possuem necessidades educacionais específicas. Através desse tipo de aprendizagem, que envolve a empatia e a alteridade, também é possível problematizar os espaços institucionais destinado ao lazer nos horários livres de aula e afazeres acadêmicos para os estudantes do Campus. O projeto ocorreu em 2018 e em 2019 e possibilitou a inclusão e participação efetiva de um estudante com deficiência visual nas aulas de Educação Física e a possibilidade de aproveitamento dos espaços extracurriculares vinculados as práticas corporais por parte de estudantes do Campus. Em 2020 criamos um espaço virtual de jogos online e uma página no Instagram para divulgação de conhecimentos sobre corpo, lazer e inclusão. Atualmente, temos estudantes com deficiência visual, mobilidade reduzida, cadeirantes e neuro divergentes participando das aulas de Educação Física. Tanto o esporte quanto os espaços destinados ao lazer e a inclusão dos estudantes são incentivos para o sucesso e a permanência dos estudantes no espaço escolar. Os projetos de ensino e de monitoria voltados as práticas corporais e culturais dos estudantes propiciam um espaço de acolhimento e de pertencimento a um determinado grupo e espaço, o que contribui muito para a conclusão desse ciclo escolar. Observou-se, a partir disso, que os estudantes com necessidades educacionais específicas, sentem-se acolhidos no espaço destinado a experimentação de práticas corporais, bem como que todos participam dos espaços de inclusão esportivos propostos pelo IFRS.