Última alteração: 16-12-2023
Resumo
Em março de 2018, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) lançou no Brasil o Programa Residência Pedagógica (PRP), que integra a Política Nacional de Formação de Professores e tem como objetivo promover a imersão de estudantes de graduação de Instituições de Ensino Superior (IES), públicas ou privadas, na escola de educação básica. Nesse programa, os graduandos praticam docência e intervenção pedagógica, acompanhados por um professor, com experiência na área de ensino do licenciando na escola campo, e orientação de um docente orientador (DO) da sua Instituição Formadora. Em 2022, foi lançada a terceira edição do PRP no IFRS, com três subprojetos, dentre eles o qual participa a Licenciatura em Letras Português e Espanhol do Campus Restinga. Nessa edição, nossa escola campo é uma instituição estadual de educação básica de Porto Alegre. A RP nos proporcionou uma aproximação da realidade prática do ensino de Língua Portuguesa (LP) na escola pública. Além disso, as horas dedicadas ao PRP podem ser aproveitadas em substituição à prática dos estágios curriculares. Em outubro de 2022, iniciamos as atividades participando primeiramente da reunião de orientação envolvendo as graduandas, a coordenadora institucional do programa no IFRS, a preceptora da escola estadual e a orientadora do campus Restinga. Após, iniciamos às 15 horas de observação das aulas de LP, seguidas das 32 horas de docência, perpassadas pelas 16 horas de planejamento por módulo, além das orientações semanais com a DO. Como a data de início coincidiu com o final do período letivo, participamos de aulas de reforço de conteúdos cujos alunos apresentaram dificuldades durante os trimestres. E nas férias escolares, nos comprometemos a planejar as aulas do próximo ano, e participar da formação pedagógica que ocorreria em fevereiro. Portanto, no início das aulas em 2023, estávamos com nossos planejamentos prontos, e iniciamos a docência nas turmas designadas pela preceptora. A experiência no PRP nos oportunizou conhecer o complexo e diverso contexto de interação com alunos de idade entre a infância e a adolescência. Além disso, foi possível vivenciar a realidade de uma escola pública estadual; e compreender o reflexo da situação de desigualdade social, no comportamento dos alunos em sala de aula. A docência, envolvendo o planejamento das aulas, a seleção e confecção dos materiais, e a metodologia, foi crucial para colocar em prática e compreender a finalidade de todo o conhecimento teórico construído ao longo da licenciatura. Participar ativamente do ambiente escolar, além da sala de aula, contribuiu não apenas para a ampliação dos conhecimentos práticos, mas também para nosso empoderamento como professoras, sujeitos atuantes no ambiente escolar e na sociedade.