Portal de Eventos do IFRS, 8º SALÃO DE PESQUISA, EXTENSÃO E ENSINO DO IFRS

Tamanho da fonte: 
Revisão sistemática da literatura sobre coletores para descarte de medicamentos
Cristina Colling Fockink, Carina Faccio, Guilherme Barcellos De Moura, Odivan Zanella, Wagner Luiz Priamo

Última alteração: 22-12-2023

Resumo


A maioria dos medicamentos é descartada de forma errada, contaminando o solo, lençóis freáticos, ou seja, o meio ambiente. A poluição ambiental causada pelo descarte inadequado de medicamentos e suas consequências perigosas, têm gerado intensos debates e reflexões. O processo da logística reversa, que é a coleta e a restituição dos resíduos sólidos para a sua origem, vem sendo utilizado de forma a minimizar estes problemas, que geram impactos ambientais relacionados ao descarte incorreto desses resíduos. Este trabalho tem como objetivo realizar o estudo sistêmico da bibliografia em temas referentes à logística reversa e responsabilidades sobre a captação e o descarte e tratamento de medicamentos vencidos ou em desuso; e estudar uma configuração acessível ao público de um coletor informatizado para o descarte de medicamentos. Devido à preocupação com as questões ambientais surgiu a logística reversa, trazendo novos princípios, regulamentações, ação de órgãos de fiscalização e, sobretudo, a inquietação em relação às perdas econômicas nas empresas. Em 2010, foi promulgada a Lei nº 12.305/2010, que estabelece a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) no Brasil. A PNRS destaca a responsabilidade da logística reversa e evidencia os produtos obrigatórios, que nesta primeira etapa foram lâmpadas (fluorescentes de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista), pilhas e baterias, agrotóxicos (resíduos e embalagens) óleos lubrificantes (resíduos e embalagens) e produtos eletrônicos e seus componentes. Após anos de discussão sobre a logística reversa de medicamentos, em 2020 foi publicado o Decreto Federal nº 10.388 que estabelece a regulamentação da logística reversa de medicamentos domiciliares vencidos ou em desuso e suas embalagens após o descarte pelos consumidores. O aumento no consumo de medicamentos tem se intensificado, no Brasil, a cultura de acesso fácil aos medicamentos resulta em uma demanda significativa de estoques de medicamentos nas residências das famílias brasileiras. O que demanda um descarte e tratamento responsável para estes resíduos, para minimizar os impactos ambientais. Foram executadas pesquisas nos bancos de dados da Pubmed, Scielo Brasil, Scielo, Periódico CAPES, Google Acadêmico e Portais Oficiais do Governo Federal para acessar as legislações vigentes. Os resultados preliminares indicam que a revisão sistemática da literatura do tema apresentado é muito relevante para compreender e estudar uma configuração acessível de um coletor informatizado para o descarte de medicamentos. Contudo, a pesquisa apresentou limitações devido à pouca diversidade de publicações sobre o assunto, pois a legislação que norteia a logística reversa de medicamentos é recente. Como sugestão fica a proposição de um coletor automatizado de medicamentos, com separação por QR code.



Palavras-chave


Logística reversa; Resíduos; Medicamentos;

Texto completo: PDF