Portal de Eventos do IFRS, 8º SALÃO DE PESQUISA, EXTENSÃO E ENSINO DO IFRS

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Todas associações de herbicidas auxinas sintéticas com clethodim são antagônicas no controle do capim pé de galinha?
Alice Lazzari, Anderson Luis Nunes, Wallace Santini, Alisson Matias Hahn, Gabriela Supptitz, Robson da Silveira, Pedro Henrique Basso

Última alteração: 22-12-2023

Resumo


O manejo das plantas daninhas que afetam as culturas de interesse é complexo, devido à existência simultânea de espécies monocotiledôneas e dicotiledôneas na mesma área. Desse modo, são frequentemente utilizados herbicidas inibidores da ACCase para o controle de poáceas, associados a mimetizadores de auxina para controle de latifoliadas. Sabe-se que a mistura de 2,4-D com clethodim é antagônica para o controle de várias poáceas. Além disso, acredita-se que herbicidas genéricos apresentam a mesma eficiência que herbicidas referência. Dessa forma, esse trabalho tem por objetivo avaliar o controle de pé-de-galinha comparando duas marcas comerciais de clethodim e a associação destas com herbicidas auxínicos. O experimento foi conduzido em casa-de-vegetação, com delineamento inteiramente casualizado com três repetições. Para verificar se o herbicida genérico apresenta a mesma eficiência que o herbicida referência, foram realizadas duas curvas dose-resposta com cada formulação de clethodim (0; 13,5; 27; 54; 108; 216 e 432 g i.a. ha-1). Já para verificar o efeito da mistura com auxínicos, as mesmas curvas com clethodim foram realizadas, mas com mistura dos auxínicos: 2,4-D (1140 g e.a ha-1), dicamba (480 g i.a ha-1), florpyrauxifen-benzyl (30 g i.a ha-1), fluroxypyr (103,5 g i.a ha-1), picloram (388 g i.a ha-1), halauxifen-methyl+diclosulam (6,325+31,9 g i.a ha-1) e triclopyr (816 g i.a ha-1).  Ao total, foram conduzidas 14 curvas de dose-resposta. Sete curvas com o clethodim referência, e sete com o genérico. Foram coletados dados de controle aos 14, 21 e 42 dias após aplicação e a massa seca junto da última avaliação de controle. Posteriormente, foram submetidos à análise regressão pelo modelo log-logístico de três parâmetros através do pacote estatístico dcr do software R, e obtidos os valores da dose letal (DL50). Os resultados indicam que a formulação referência tem eficácia superior do que a formulação genérica: o intervalo de confiança é menor e taxa de controle maior. A formulação genérica necessitou de dose 38% superior para chegar na mesma DL50 da formulação referência. Para as misturas, o 2,4-D apresentou efeito antagônico. Já o dicamba causou antagonismo em ambas as formulações de clethodim, obtendo DL50 3 vezes superior quando comparado às curvas sem associação aos auxínicos. Já para os auxínicos fluroxypyr e picloram, o sinergismo foi observado, principalmente no clethodim genérico. O antagonismo para clethodim genérico foi observado com os auxínicos halauxifen-methyl+diclosulam e florpyrauxifen-benzyl, enquanto para a formulação referência não apresentou diferença. O triclopyr apresentou sinergismo com a formulação referência, mas afetou antagonicamente o genérico. Conclui-se que existe diferença de controle de pé-de-galinha entre as formulações referência e genérica de clethodim. Ainda, o efeito da mistura com os herbicidas auxínicos vai depender de cada um dos herbicidas.

Palavras-chave


Misturas; Auxínicos; ACCase.

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