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Cine diversidade em movimento no IFRS Campus Alvorada
Última alteração: 16-12-2023
Resumo
Este ano, o Cine Diversidade, projeto de ensino que iniciou suas atividades em 2019, está completando cinco anos e surgiu com a ideia de trazer um espaço de reflexão e muita representatividade para a comunidade acadêmica, através de exibições de produções audiovisuais, preferencialmente, nacionais e debates com convidados, entendedores dos assuntos tratados. As atividades do grupo iniciaram-se com a disponibilização de um formulário para que a comunidade acadêmica sugerisse exibições, dentro das temáticas de gênero, sexualidade e diversidade étnico-cultural. A partir da análise das respostas, a equipe assistiu o que foi sugerido para, assim, definir a exibição, quem seria a pessoa convidada e a data. De acordo com a demanda dos estudantes, as exibições estão ocorrendo de modo alternado entre os turnos da manhã, tarde e noite para que todos possam participar, contando com a parceria dos docentes e do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Gênero e Sexualidade (NEPGS). A primeira exibição contemplou o turno da manhã com o lançamento da HQ Boy Magya Contra o Monstro do Armário, uma história em quadrinhos sobre um super herói homossexual, em alusão ao dia do orgulho LGBTQIAP+, trazendo um debate sobre representatividade e saúde mental; com a presença do próprio autor, Christian Gonzatti. O evento foi de bastante importância e sucesso, uma vez observado relatos de estudantes e as diversas postagens nas redes sociais sobre a exibição. A segunda exibição ocorreu em agosto, no turno da noite, em alusão às pautas do Agosto Lilás, dedicado à campanha de conscientização pelo fim da violência contra a mulher. A campanha foi criada em referência à Lei Maria da Penha, que em 2023 completa 17 anos e surgiu para amparar mulheres vítimas de vários tipos de violência. A exibição escolhida, desta vez, foi o documentário História mal contada: os feminicídios na cobertura jornalística produzido pelo grupo Transverso da UFSC, na presença das convidadas Fernanda Nascimento, que fez parte do grupo de pesquisa e da produção do documentário; Egéria Barbosa, poeta, produtora cultural, sobrevivente de violência doméstica, mãe de oito filhos, uma mulher empoderada e o coletivo AMOR, que significa: Audaciosas Mulheres Organizadas Resistem; grupo de mulheres de Alvorada que dialogam sobre a importância de conhecerem seus direitos, além de provocar reflexões sobre as questões de preconceitos de todos os gêneros. a finalização deste dia teve um debate e uma performance do coletivo AMOR. A cada exibição e debate realizado, a equipe vem percebendo a necessidade de mais espaços de reflexão e representatividade; muitas pessoas têm dúvidas e receios sobre assuntos que podem não ser pautados no seu dia-a-dia, mas são muito importantes para seu autoconhecimento, reconhecimento e o respeito que todos necessitam. No cronograma de ações ainda faltam acontecer cinco exibições.
Palavras-chave
Diversidade; Representatividade; Ensino
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