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Em 2008, a lei nº 11.892 fundava os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IFs). Entre as propostas inovadoras da política pública ali instaurada estava a articulação das atividades de ensino, pesquisa e extensão com o desenvolvimento regional, estabelecida como uma das finalidades da instituição. Tendo em vista a escassez de estudos que monitoram o cumprimento dessa finalidade, a pesquisa que deu origem a este trabalho objetiva mapear a capilaridade dos 38 IFs nos Estados brasileiros, quantos municípios são atendidos por essa política pública, seus eixos tecnológicos e a relação estabelecida com os arranjos produtivos, sociais e culturais locais. Neste trabalho, apresentamos dados parciais sobre o Rio Grande do Sul (RS). O trabalho visa mapear a abrangência territorial dos IFs, identificar os eixos tecnológicos e o perfil socioeconômico dos municípios atendidos, possibilitando dimensionar a real presença dos IFs no Estado do RS e analisar seu potencial impacto sobre o desenvolvimento regional. Para mapear a abrangência territorial dos IFs, recorreu-se ao levantamento de dados em documentos oficiais, a começar pelo Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) e pelo sítio eletrônico institucional. Na ausência de dados, foi realizado contato por e-mail com a instituição e, caso não houvesse resposta, a informação foi requerida via Lei de Acesso à Informação. Os eixos tecnológicos foram identificados na Plataforma Nilo Peçanha. Por fim, para a caracterização dos municípios abrangidos, foram coletados dados da população, do Produto Interno Bruto (PIB) e do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM). Todos os dados coletados foram organizados em um banco de dados. Ao final desse percurso, compilaram-se os materiais do IFRS, IFSul e IFFar, totalizando 34 dos 42 campi do RS. No caso do IFFar, a coleta de dados atingiu êxito em apenas três de seus 11 campi. Ao analisar os dados coletados, constatou-se que os três IFs do RS abrangem 62,37% dos municípios do estado. Os resultados parciais da pesquisa mostram que a capilaridade dos IFs vai além da cidade sede dos campi e que a instituição possibilita a oferta de atividades de ensino, pesquisa e extensão também para os pequenos municípios. Anteriormente, as grandes instituições de ensino localizavam-se, predominantemente, em polos industriais de grande porte e/ou centros urbanos e, após a análise de dados do respectivo trabalho, concluiu-se que 87,42% das cidades atendidas pelos IFs do Rio Grande do Sul têm menos de 50 mil habitantes, podendo ser caracterizadas como pequenas.

Educação profissional; Desenvolvimento regional; Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia